Com bloqueios e protestos, fronteira em Corumbá fica fechada pelo 5º dia
Sete dias depois das eleições que deram vitória a Evo Morales, protestos contra resultado bloqueiam faixa de fronteira
A faixa de fronteira entre Brasil e Bolívia em Corumbá, a 419 km de Campo Grande, está fechada desde quarta-feira (23). Protestos que pedem o impedimento do resultado das eleições presidenciais – que deram vitória a Evo Morales – bloqueiam a fronteira pelo 5º dia neste domingo (27).
Isso ocorre após sete dias da apuração dos resultados, que levantou dúvidas entre parte dos bolivianos e comunidade internacional e provocou manifestação da OEA (Organização dos Estados Americanos).
Conforme a Agência Brasil, o presidente Evo Morales reiterou no sábado (26) o convite a países como Colômbia, Argentina, Brasil e Estados Unidos, a participarem de auditoria pedida OEA. No Twitter, Morales pediu que todas as atas fossem revistas e indicou que, se a auditoria provar fraude, será realizado o segundo turno.
"Ouvimos as posições dos ministérios das Relações Exteriores da Colômbia, da Argentina, do Brasil e dos EUA. Convido esses e outros países a participarem da auditoria que propusemos. Que todas as atas sejam revistas. Se a fraude for comprovada na conclusão do processo, passamos para o segundo turno", publicou o presidente.
Corumbá – Segundo o Diário Online, apenas a passagem de pedestres é permitida na divisa entre Corumbá e Puerto Quijaro. Como consequência do bloqueio, dezenas de caminhões carregados com diversos tipos de produtos estão parados no Porto Seco e em ruas da cidade aguardando o fim do protesto. O comércio de Corumbá também contabiliza queda nas vendas, principalmente nos setores de vestuário, calçados e alimentos, que têm os bolivianos como principais clientes.
Foi o próprio governo boliviano que pediu a auditoria para a OEA. Candidato pelo Movimento Socialismo Al (MAS), Evo Morales venceu as eleições gerais realizadas na Bolívia no último domingo (20) com 47,8% dos votos, de acordo com o cálculo oficial do TSE (Tribunal Supremo Eleitoral).