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Interior

Com cerca de 500 casos, presídio tem surto de sarna e furúnculo

Colchões foram retirados para incineração e presos vão passar a usar uniformes

Por Silvia Frias | 09/01/2024 12:05
Casos foram encontrados em presídios de Dourados (Foto/Divulgação)
Casos foram encontrados em presídios de Dourados (Foto/Divulgação)

Internos do PED (Penitenciária Estadual de Dourados) enfrentam surto de sarna e furúnculo. Pelo menos 500 foram infectados e, hoje, o estabelecimento começou a passar por limpeza, com retirada dos colchões das celas para minimizar o contágio.

O problema foi relatado pelo diretor do presídio, Rangel Schveiger, à OAB (Ordem dos Advogados do Brasil-MS) para auxiliar nas medidas emergenciais, como compra de medicamentos. O advogado Jefferson Faria, da comissão dos Direitos Humanos da seccional Dourados, foi até o presídio ontem.

“A situação é alarmante e demanda ação imediata. Estamos trabalhando em estreita colaboração com a direção da PED e os órgãos competentes para garantir que medidas efetivas sejam tomadas para conter essa situação de risco à saúde dos presos”, disse.

Hoje, os presos ajudaram a retirar os colchões das celas, que foram colocados no pátio externo. Todo o material será levado para incineração.

A sarna é altamente contagiosa e transmitida por meio do contato direto prolongado com a pessoa infectada, roupas ou objetos contaminados. O furúnculo pode ter várias causas, como baixa imunidade, obesidade, má higiene pessoal, uso de roupas apertadas e umidade excessiva na pele.

Em nota, a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) informou que, logo após identificar a ocorrência de sarna e furúnculo entre os presos, a higienização e sanitização foram providenciadas. Além disso, novos colchões estão sendo providenciados, além do uso de uniformes pelos presos. “Importante destacar que o presídio conta uma unidade básica de saúde prisional, com a equipe multidisciplinar e oferecimento de medicamentos necessários”.

A Agepen informa, ainda, que foi solicitado apoio aos órgãos ligados à execução penal, como MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) e Judiciário. Com informações do Dourados Agora.

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