Com medo, funcionários de escola estadual reclamam de rachaduras e infiltrações
Professores e alunos convivem com o medo na Escola Estadual Professora Creuza Aparecida Della Coleca, em São Gabriel do Oeste, a 140 km de Campo Grande. Desde que foi inaugurada, em 2001, a escola apresenta problemas de infraestrutura. "Há seis anos um engenheiro vistoriou a escola e disse que a estrutura aguentaria cerca de quatro anos, mas já se passou todo esse tempo", conta a funcionária Keila dos Santos.
Existem várias rachaduras espalhadas pelo prédio que tem dois pisos. Como as paredes são feitas de tijolos à vista, a água infiltra na construção e acaba molhando materiais, causando deterioração.
Problemas - "Além de infiltrar, a água escorre pelas rachaduras e molha as salas ao ponto de ter que interromper a aula e os alunos começarem a puxar a água com rodos", explica a coordenadora escolar Valdirene Furtado, que teme pela segurança do local. A escola atende cerca de 620 alunos nos três turnos do dia, do ensino fundamental ao ensino médio, sendo que, à noite, também há aulas do EJA (Educação de Jovens e Adultos).
"Tudo que colocamos na parede deteriora. As paredes estão descolando da laje, paredes soltas, que balançam. Quando chove, em uma parte do corredor derrama água, alaga salas", afirma Valdirene. "Já foi feita solicitação de reparos e reforma, a escola tem aparência de que é suja mesmo que tenha acabado de ser limpa, por causa das más condições", completa.
Secretaria de Educação - De acordo com a secretária de educação de Mato Grosso do Sul, Maria Nilene Badeca da Costa, o problema na escola faz parte do tipo de construção e não é exclusivo de São Gabriel do Oeste. "Esse problema também já ocorreu em Dourados e Itaquiraí. Conforme o passar do tempo, as infiltrações entre os tijolinhos aumenta", afirma.
No entanto, para ela, foi preciso estabelecer prioridades para lidar com os casos. "Em Dourados e Itaquiraí reparos e reformas já foram feitas, entre outros casos que estavam muito graves. No caso de São Gabriel, já foi elaborado projeto, encaminhado para Brasília, mas até agora não houve aprovação por parte do MEC (Ministério da Educação)", amplia.
"Infelizmente, não temos previsão de quando o MEC vai aprovar nossa proposta e planilha de custos. Precisamos aguardar", conclui a secretária.
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