Contra atraso de salário, professores iniciam greve parcial na quarta
Sindicato mandou ofício informando greve se prefeitura não pagar restante do salário julho; demais servidores se reúnem hoje
Sem receber 56% do salário de julho, os professores da Rede Municipal iniciam greve parcial quarta-feira (14) em Dourados, a 233 km de Campo Grande. Assim como todos os seis mil servidores da prefeitura, os educadores receberam só 44% do salário na semana passada e até agora o município não informou quando o restante será depositado.
Ofício comunicando sobre o início da greve parcial foi enviado sexta-feira (9) à prefeita Délia Razuk (sem partido). Assinado pelo presidente do Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação) Juliano Mazzini, o documento informa que 56% das atividades de professores e administrativos serão paralisadas a partir de quarta caso não haja a regularização do pagamento.
Amanhã (13), não haverá aula nas escolas estaduais e municipais de Dourados devido à paralisação nacional contra a reforma da Previdência. Na quarta-feira às 9h os professores municipais voltam a se reunir para avaliar a greve nas escolas do município.
Na semana passada o Simted criticou o parcelamento dos salários mesmo a prefeitura recebendo integralmente os recursos do governo federal para pagamento dos professores.
Segundo o sindicato, até julho a prefeitura recebeu em média R$ 10 milhões do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) para aplicação mensal na rede municipal.
“Essa projeção leva em conta somente os repasse oriundos do Fundeb, sendo que a receita total disponível para a educação municipal ainda prevê 25% de impostos e recursos próprios do município para serem investidos no ensino público”, afirmou o sindicato.
Assembleia – Às 14h de hoje, Sinsemd (Sindicato dos Servidores Municipais de Dourados), que representa as demais categorias do funcionalismo municipal, faz assembleia geral extraordinária para discutir o atraso nos salários.
A proposta de greve será colocada em discussão. Alvo de protestos na semana passada, a prefeita Délia Razuk ainda não se manifestou sobre o caso.