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Interior

Covid "deslancha" em presídios e 6 unidades têm visitas suspensas

Ivinhema e Bataguassu terão visitas presenciais suspensas a partir de amanhã (8). Outras quatro unidades seguem a mesma ordem.

Mirian Machado | 07/01/2021 16:29
Covid "deslancha" em presídios e 6 unidades têm visitas suspensas
Presídio de Bataguassu e de Ivinhema integram grupo de unidades com visitas presenciais suspensas (Da Hora Bataguassu)

Após mutirão realizado no fim de semana no presídio de Ivinhema, cidade há 282 km de Campo Grande, foram confirmados 13 casos da doença entre internos. Além disso, o diretor do presídio, Leôncio Elídio dos Santos Júnior, segue internado com coronavírus desde domingo (3) no CTI na Capital.

Com aumento dos casos por todo Estado, a doença se alastra nos presídios. A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) informou que mais dois estabelecimentos penais, sendo de Bataguassu e Ivinhema suspenderão as visitas, após solicitações das direções dos presídios. A portaria deve sair no Diário Oficial de amanhã (8). Outras quatro unidades penais já estão com as visitas suspensas, são elas: Estabelecimento Penal de Amambai, Penitenciária de Segurança Máxima de Naviraí, Estabelecimento Penal de Nova Andradina e Unidade Penal Ricardo Brandão, em Ponta Porã.

Conforme informado pelo relatório diário preenchido pelas equipes dos presídios, em Ivinhema dos cerca de 80 detentos, 13 foram positivados e estão em acompanhamento, além de um servidor, sendo este o diretor do local.

A Agepen, informou que está trabalhando em conjunto com a Secretaria Municipal de Ivinhema nas ações de enfrentamento. Afirmou ainda que todos os servidores receberam máscaras e material para higienização, aferição de temperatura na entrada entre outras medidas de biossegurança. Segundo a Divisão de Saúde do órgão, mais testes serão destinados ao município de Ivinhema para atendimento ao presídio.

Na unidade de Bataguassu há até o momento dois casos confirmados, sendo um detento e um servidor. Conforme a agência, os números podem subir já que as testagens continuam, porém a unidade também tem passado por desinfecção regular.

O Sinsap (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de Mato Grosso do Sul), havia feito pedido de suspensão de visitas presenciais nos estabelecimentos penais do Estado após o aumento de casos. Segundo o sindicato, no inicio da pandemia as visitas foram paralisadas em março de 2020, porém teve retorno em novembro. Após isso foi feito pedido para a retomada da suspensão porém não foi acatado.

Covid "deslancha" em presídios e 6 unidades têm visitas suspensas
Presídio de Ponta Porã é o que mais tem casos confirmados atualmente (Foto: Arquivo)

Surto- O Campo Grande News vem noticiando o aumento dos casos nos presídio. Em Ponta Porã, a 323 km da Capital, há 54 infectados na Unidade Penal Ricardo Brandão. O dado consta no relatório diário do Comitê de enfrentamento à Covid-19 da Agepen nesta quinta-feira (7).

Com isso, desde ontem (6) mutirões de testes vem sendo feitos na unidade. A SES (Secretária de Estado de Saúde) encaminhou à unidade 400 testes rápidos. A testagem em massa começou depois da confirmação de 35 pessoas infectadas após "rebelião" de presos na última sexta-feira (1). Ao todo, em Mato Grosso do Sul, são 117 reeducandos em tratamento pela Covid-19 entre a massa carcerária até hoje (7), mas atualmente, segundo a Agepen, a unidade de Ponta Porã é a que requer maior atenção.

Covid "deslancha" em presídios e 6 unidades têm visitas suspensas
Policiais durante na unidade penal durante a liberação de refém (Foto: Tião Prado)

"Rebelião" - Na última sexta-feira (1), por volta das 16h, sete presos realizaram um tumulto na unidade penal, eles fizeram um agente penitenciário refém por 10h30. Entre as reivindicações dos detentos era maior atenção nos processos judiciais, além de providências quanto à covid-19. A intenção seria chamar atenção da mídia e da Justiça.

Segundo a Agepen, o ocorrido não foi considerado como rebelião por ter sido uma situação isolada e sem adesão de outros detentos. Todos os presos envolvidos foram transferidos para um presídio em Campo Grande.

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