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Interior

Deputado diz que UFGD perdeu R$ 12,9 mi para construção de unidade de saúde

Geraldo Resende afirmou que universidade não conseguiu entregar projeto; UFGD solicitou prorrogação do convênio por mais um ano

Helio de Freitas, de Dourados | 19/06/2015 15:55

O deputado federal Geraldo Resende (PMDB) afirmou nesta sexta-feira (19) que a UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) perdeu quase R$ 13 milhões, garantidos por ele no Ministério da Saúde para construção do Instituto da Mulher e da Criança. A unidade deveria funcionar anexa ao Hospital Universitário da instituição, em Dourados, a 233 km de Campo Grande.

Em entrevista à rádio Grande FM, Geraldo culpou a instituição de ensino superior por não apresentar o projeto necessário para a obtenção da verba e disse que será preciso “começar tudo de novo” para tentar conseguir o recurso. Entretanto, prevê uma dificuldade maior agora por causa do arrocho financeiro adotado pelo governo federal.

Segundo o parlamentar, os recursos ficaram parados na conta da universidade por mais de três anos, “por incompetência, ineficiência e inabilidade”, escreveu ele esta semana em uma rede social, atribuindo os adjetivos a técnicos do Ministério da Saúde.

Universidade pede mais prazo – O Campo Grande News apurou nesta sexta que a UFGD entrou no dia 17 deste mês com pedido no Ministério da Saúde para tentar alterar o plano de trabalho e prorrogar por mais um ano a vigência do termo de cooperação de descentralização orçamentária, instrumento que garantiu os recursos.

Com o pedido, a universidade tenta garantir a disponibilidade orçamentária por mais 12 meses. A solicitação foi encaminhada para análise da Secretaria de Atenção à Saúde, órgão do Ministério da Saúde responsável pela estruturação das unidades de atenção especializada em saúde. A secretaria vai emitir um parecer, favorável ou não ao pedido de prorrogação do prazo de vigência.

Posição da UFGD – Através da assessoria do Hospital Universitário informou que a UFGD, em parceria com a Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) e o Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos, tem avançando nas discussões para elaboração dos projetos que faltam para a construção da unidade para atendimento materno-infantil.

Em maio foi assinado em Brasília o termo de cooperação entre a Ebserh a UFGD e a Unops para elaboração dos projetos estruturais do prédio da unidade, com previsão de conclusão no final de 2015. Segundo a assessoria, nessa primeira etapa serão empregados R$ 1,1 milhão provenientes do Programa Nacional da Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf), gerido pela Ebserh.

Segundo a UFGD, a obra não foi iniciada porque a empresa que venceu a licitação não entregou todos os projetos, atrasando a construção da unidade.

Atualmente, conforme a assessoria do HU/UFGD, as atividades estão na fase de definição de plano de trabalho, apresentação de relatório técnico sobre o projeto já existente e início da elaboração do programa de necessidades do hospital.

R$ 35 milhões – “Em encontro com representante do Ministério da Saúde no início do ano, a Ebserh e a UFGD, na presença do deputado federal Geraldo Resende, receberam a confirmação de que esse planejamento tomará corpo e se tornará realidade no que depender da destinação de recursos por parte do órgão. Hoje, a obra está calculada em aproximadamente R$ 35 milhões, isenta dessa previsão a equipagem do local”, diz a nota da assessoria.

Ainda conforme a instituição, após a conclusão dos projetos, será feita a licitação para a contratação da empresa que efetuará a obra.

Maquete do Instituto da Mulher e da Criança; deputado diz que após três anos UFGD perdeu dinheiro para construção (Foto: Reprodução)
Maquete do Instituto da Mulher e da Criança; deputado diz que após três anos UFGD perdeu dinheiro para construção (Foto: Reprodução)
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