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Interior

DOF e Força Nacional escoltam produtores em fazendas retomadas

Viviane Oliveira e Antonio Marques, enviado especial a Antônio João | 30/08/2015 10:33
Indígenas reivindicam área de 10 mil hectares na faixa de fronteira.  (Foto: Marcos Ermínio)
Indígenas reivindicam área de 10 mil hectares na faixa de fronteira. (Foto: Marcos Ermínio)

Os proprietários conseguiram reaver ontem (29), a posse de duas das seis fazendas ocupadas por índios Kaiowá Guarani. O conflito entre fazendeiros e indígenas terminou com a morte do Kaiowá Guarani Semião Fernandes Vilhalva, 24 anos, em Antônio João, distante 279 quilômetros de Campo Grande.

Nesta manhã, equipes do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) e Força Nacional escoltam os produtores rurais nas sedes das fazendas Barra e Fronteira. Uma equipe do Exército já está na região.

Segundo o DOF, na Fazenda Barra estão 13 pessoas escoltadas por uma equipe deles. Na Fazenda Fronteira, são quatro produtores rurais que estão sob a guarda de policiais da Força Nacional. Os índios estão espalhados na região, próximo das estradas. As sedes das Fazendas Piquiri, Cedro, Primavera e Brasil continuam ocupadas pelos indígenas. Hoje, por volta das 8h40, duas viaturas do DOF levaram mantimentos até as propriedades.

Na tarde deste sábado os fazendeiros foram até a sede da propriedade para expulsar os índios do local e entraram em confronto. Logo em seguida, os indígenas trouxeram nos braços um índio morto, que estava bebendo água no córrego próximo a sede da fazenda.

A área reivindicada pelos índios corresponde a quase 10 mil hectares na faixa de fronteira com o Paraguai, mas a decisão sobre quem ficará com a terra está a cargo do STF (Superior Tribunal de Justiça) há anos e houve um acordo para os indígenas aguardarem o julgamento do recurso numa área de cerca de 100 hectares, mas a demora na resposta fez com que os índios ocupassem as propriedades na semana passada, quando o clima ficou mais tenso no município.

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