Dupla morta pelo DOF tinha explosivos usados em assaltos a carro-forte
Integrantes de facção, Ageu de Souza Torres e Rafael Rodrigues Alves estavam escondidos em Itaporã
Material explosivo utilizado em roubos a agências bancárias, caixas eletrônicos e carros-fortes foi encontrado na casa usada como esconderijo pelos dois homens mortos hoje (27) em confronto com policiais do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) em Itaporã, a 234 km de Campo Grande.
Equipe do Bope (Batalhão de Operações Especiais) se deslocou da Capital até Itaporã para neutralizar o material, chamado de emulsão explosiva e popularmente conhecido com dinamite.
Os dois mortos foram identificados como Ageu de Souza Torres, 55, o “Negrete”, e Rafael Rodrigues Alves, 25. Dono de extensa ficha criminal por assaltos em São Paulo e Mato Grosso do Sul, Ageu era integrante do PCC (Primeiro Comando da Capital) e estava foragido do Centro Penal de Campo Grande. A polícia ainda não informou se Rafael tinha antecedentes.
Além dos explosivos, policiais do DOF apreenderam as duas armas usadas pelos suspeitos e pertences levados durante o assalto ocorrido sexta-feira (22) em uma chácara no município de Itaporã. A picape Fiat Strada roubada tinha sido encontrada pela Polícia Militar abandonada no distrito de Panambi, em Dourados, no mesmo dia do crime.
O confronto – Nesta quarta-feira, policiais do DOF receberam informação através do Disque Denúncia de que os autores do roubo estariam em uma residência na região do cemitério de Itaporã.
Equipe deslocou até o imóvel, mas foi recebida a tiros. Os policiais revidaram à agressão. Rafael Rodrigues Alves foi atingido e morreu no local. “Negrete” fugiu para uma plantação de milho. Durante a perseguição, segundo o DOF, ele atirou novamente contra os policiais, foi atingido e também morreu.
Segundo o DOF, “Negrete” estava foragido desde janeiro deste ano. Em 1997, ele foi preso por policiais do DOF junto com Wanderson Nilton de Paula Lima, o “Andinho do PCC”, por assalto a uma agência bancária em Deodápolis.
Em fevereiro de 2015, Ageu de Souza Torres e outros cinco bandidos foram presos acusados de série de assaltos a residências em Dourados. Ele foi apontado como líder do bando e na época estava foragido da Justiça de São Paulo, onde tinha passagens por assalto a banco.
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