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Interior

“Ela estava passando fome”, alega suspeito de sequestrar e abusar de criança

A criança foi sequestrada entre a noite de terça-feira (1º) e a madrugada de quarta-feira (3) em Ponta Porã, a 323 km da Capital

Viviane Oliveira | 04/09/2020 09:44
“Ela estava passando fome”, alega suspeito de sequestrar e abusar de criança
Juliano deu entrevista ao site Pontaporainforma e negou que tenha violentado a menina (Foto: reprodução/vídeo)

De dentro da cela, Juliano dos Santos Cabral, suspeito de sequestrar e abusar de criança de 5 anos, disse em entrevista ao site Pontaporainforma, que a menina estava passando fome, por isso decidiu levá-la para uma fazendo no Paraguai, onde fazia bico como empreiteiro. Indagado sobre a acusação de abuso, negou o crime dizendo que “ela já havia sido mexida”. “Mas tive que assumir, ficou na minha culpa, né. Tive que assinar tudo”. “Assista, abaixo, a entrevista na íntegra.

Preso na delegacia (Comissaria Segunda), no Paraguai, Juliano disse que já teve relacionamento com a mãe da criança, que é dependente química. Ele negou que tenha abusado da criança, informando que a levou "embora" porque passava fome. Quanto a acusação de estupro se defendeu: “Fizeram um tal de exame e ela já tinha sido mexida e eu nem sabia, ficou na minha culpa e eu tive que assinar tudo” disse Juliano.

A menina ainda está no Paraguai, onde foi submetida a exame de corpo de delito para saber se foi abusada. O Conselho Tutelar e Delegacia de Atendimento à Mulher em Ponta Porã acompanham o caso. Delegacia de Atendimento à Mulher, Marianne Cristini de Souza, disse que as autoridades paraguaias estão cumprindo o protocolo para estes casos e querem saber se a menina sofreu abuso quando estava no território paraguaio.

Sequestro - A criança foi sequestrada entre a noite de terça-feira (1º) e a madrugada de quarta-feira (3) em Ponta Porã. O sequestrador foi preso por policiais paraguaios. O bandido e a criança foram encontrados na Colônia Estrella, na zona rural de Pedro Juan Caballero, a 15 km da Linha Internacional entre as duas cidades, na tarde de ontem (4).

Ex-presidiário, Juliano  mora na mesma área de invasão onde a menina vivia com a mãe em um barraco ao lado da casa dos avós, no Jardim Ivone. Dependente de drogas, a mãe da criança passou o dia fora de casa na quarta-feira e só foi encontrada no fim da tarde. Ela estaria procurando a filha, mas conselheiros tutelares relatam que a própria família não queria denunciar o caso à polícia.

À tarde, uma tia da menina foi levada pelo Conselho Tutelar à delegacia para formalizar a denúncia. Durante as buscas, policiais encontraram manchas de sangue no quarto do barraco de Juliano Cabral. Há suspeita de que o ex-presidiário tenha estuprado a criança.

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