Em greve na UFGD, servidores arrecadam alimentos para índios
Servidores administrativos e professores da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) iniciaram ontem uma campanha de arrecadação de alimentos para os índios guarani-kaiowá que há quase duas semanas ocupam fazendas no município de Antonio João, a 279 km de Campo Grande. Eles lutam pela posse de 9.300 hectares do território Ñanderú Marangatú, demarcado e homologado em 2005, mas que continua em posse dos fazendeiros por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal).
A coleta também inclui roupas e segue até esta sexta-feira (4). Os donativos serão levados à comunidade indígena na segunda-feira, feriado da Independência. Tanto professores quanto administrativos da maior universidade pública do interior de Mato Grosso do Sul estão em greve há três meses, assim como ocorre em todas as instituições públicas de ensino superior do país.
“Nossa ideia incialmente era arrecadar apenas alimentos, mas se a pessoa tiver peças de roupa para doar, vamos aceitar também”, afirmou o professor Thiago Cavalcante, um dos organizadores da campanha.
Segundo ele, os servidores estão empenhados para arrecadar a maior quantidade possível de alimentos e roupas, para atender pelo menos em parte as necessidades dos índios acampados nas áreas ocupadas.
As doações podem ser levadas até a sede da Aduf (Associação dos Docentes da UFGD), na Rua Passo Fundo, 209, no Jardim universitário, em Dourados.