Em pichações, PMs são ameaçados pelo PCC em cidade de fronteira
Ameaças a PMs acontecem no momento em que execuções não param na fronteira com o Paraguai
A cidade de Porto Murtinho, a 431 quilômetros de Campo Grande, que faz fronteira com o Paraguai, amanheceu nesta quarta-feira (13) com o monumento de entrada ao município pichado com ameaça a policiais militares. As ameaças são supostamente feitas pela facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
Nas pichações que foram feitas na madrugada desta quarta, o autor se refere a um cabo e um sargento da PM em Porto Murtinho. Ao tomarem conhecimento das pichações, os militares comunicaram imediatamente a chefia.
Ao Campo Grande News, a PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul) disse que ainda não tem suspeito da autoria. No entanto, afirmou que o Serviço de Inteligência da PM já atua no caso.
Execuções - As ameaças aos policiais acontecem no momento em que execuções não param na fronteira com o Paraguai. Somente nas últimas 24 horas, foram três mortes registradas.
Na manhã desta quarta (13), ataque de pistoleiros deixou pelo menos um morto e dois feridos. O atentado ocorreu em Capitán Bado, cidade paraguaia separada por uma rua de Coronel Sapucaia, a 400 quilômetros de Campo Grande.
Entre as vítimas, está um vereador da cidade paraguaia, identificado como Ismael Valiente, ferido com tiros no rosto e no braço esquerdo. Também foram feridos Hermenegildo Lopez, 84, atingido com dois tiros na perna, e Juan Bosco Gomez, que morreu com disparos na cabeça e no peito.
Na noite desta terça-feira (12), o policial paraguaio Hugo Ronaldo Acosta, de 32 anos, foi morto com 36 disparos de pistola 9 milímetros. O crime ocorreu em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã, a cerca de 323 quilômetros da Capital.
Durante a manhã de ontem, o policial conhecido como Pastor Miltos Duarte foi assassinado em Karapai, cidade a cerca de 60 km de Ponta Porã. Ele estava em casa e foi atingido por tiros no tórax.