Em Ponta Porã, PF busca mais oito suspeitos por morte de cacique
Novas provas apontam que, efetivamente, Nísio foi morto por pessoas vinculadas a uma empresa de segurança de Dourados
A PF (Polícia Federal) cumpre mais oito mandados de prisão preventiva hoje na investigação sobre a morte do líder indígena Nísio Gomes, de 59 anos. A Justiça Federal de Ponta Porã expediu mandados de prisão contra seis fazendeiros, um advogado e um servidor público.
Conforme a PF, o grupo participou do planejamento e fornecimento das armas. Os presos são levados para a delegacia da Polícia Federal de Ponta Porã.
Novas provas apontam que, efetivamente, Nísio foi morto por pessoas vinculadas a uma empresa de segurança privada da cidade de Dourados. O corpo foi ocultado pelos mandantes do ataque.
Ao todo, já foram presas 18 pessoas. Um deles é o dono da empresa segurança Gaspem, Aurelino Arce. A empresa é especializada em oferecer segurança a fazendeiros em áreas de conflito fundiário.
O ataque ao acampamento indígena Guayviri, em Aral Moreira, aconteceu em 18 de novembro do ano passado. Em dezembro, a PF indiciou quatro fazendeiros, um advogado, dois administradores de empresa de segurança e mais três seguranças.
Impasse – Após o ataque, os índios afirmaram que Nísio foi executado e o caso ganhou repercussão nacional. Contudo, saque de um benefício que ele tem direito, feito em Brasília, sustentou a versão de que o líder estava vivo. A PF suspeitava que ele estivesse no Paraguai.
Segundo a polícia, outras pessoas ainda poderão ser presas. Segue a busca pelo corpo do cacique, inclusive com equipes da Polícia Federal realizando vigilância dissimulada em possíveis locais onde o corpo possa estar ocultado.