Defesa tenta libertar suspeito de envolvimento no sumiço de índio
Pedido de habeas corpus será apresentado ao TRF3
A defesa do proprietário da Gaspem Segurança, preso na última sexta-feira por suspeita de envolvimento no sumiço do líder indígena Nísio Gomes, vai entrar com pedido de habeas corpus no TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região).
De acordo com o advogado Maurício Rasslan, Aurelino Arce e outros três funcionários da empresa foram presos em Maracaju, quando trabalhavam em uma exposição agropecuária.
Os quatro já tinham sido indiciados pela PF em dezembro do ano passado. Na ocasião, a polícia acreditava que Nísio estava vivo, enquanto os indígenas denunciaram sua execução, que ganhou repercussão internacional.
Conforme a defesa, as prisões preventivas foram decretadas após a Polícia Federal ouvir o depoimento da ex-namorada de Aurelino Arce. Ela está presa acusada de montra um plano para matar e roubar o empresário.
Ele sofreu uma tentativa de homicídio no dia 31 de maio e chegou a passar oito dias na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), em Dourados. Arcelino foi transferido para o Presídio Militar de Campo Grande, onde cumpre a prisão preventiva.
Ao todo, nove pessoas foram presas. No fim do ano passado, a PF indiciou quatro fazendeiros, um advogado, dois administradores de empresa de segurança e mais três seguranças por envolvimento no ataque ao acampamento indígena Guayviri, em Aral Moreira, ocorrido no dia 18 de novembro.
Na ocasião, o filho de Nísio, principal testemunhal, foi indiciado por denunciação caluniosa. A Gaspem é especializada em oferecer segurança a fazendeiros em áreas de conflito fundiário.