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Interior

Em protesto, rede de supermercados da Fronteira fecha e demite 700

Empresa informou que só volta a funcionar com fronteira aberta em Pedro Juan, no Paraguai

Helio de Freitas, de Dourados | 22/09/2020 08:23
Policiais, militares e manifestantes em ponto de concentração para protesto, nesta manhã (Foto: Direto das Ruas)
Policiais, militares e manifestantes em ponto de concentração para protesto, nesta manhã (Foto: Direto das Ruas)

Mesmo com acordos ente os governos do Paraguai e do Brasil, a indefinição sobre a reabertura da fronteira entre os dois países persiste. O fechamento, determinado em março por causa da pandemia do novo coronavírus, continua provocando demissões e falências em cidades paraguaias da Linha Internacional.

Nesta terça-feira (22), a rede Maxi Hipermercado anunciou o fechamento de suas três lojas em Pedro Juan Caballero. Pelo menos 700 trabalhadores diretos serão demitidos. O Maxi pertence ao grupo Cogorno, dono do Shopping China e do Planet Outlet, fechados há seis meses.

Hipermercado fica ao lado do Shopping China, em Pedro Juan.
Hipermercado fica ao lado do Shopping China, em Pedro Juan.

No comunicado divulgado em suas redes sociais, o Maxi Hipermercado anunciou que o funcionamento ficará suspenso até a reabertura da fronteira de Pedro Juan Caballero com Ponta Porã.

A medida ocorre no mesmo dia em que comerciantes da fronteira fazem protesto para cobrar do governo paraguaio a reabertura total da fronteira para permitir a entrada dos turistas brasileiros, responsáveis por 90% das vendas das lojas de importados de Pedro Juan Caballero e de Salto del Guairá, cidade vizinha de Mundo Novo (MS).

Comerciantes das duas cidades protestam nesta terça-feira pela reabertura da fronteira. Em Salto del Guairá, segundo Víctor Stanley, que representa o comércio local, pelo menos 2.400 empresas fecharam as portas e 14 mil trabalhadores foram demitidos devido ao fechamento da fronteira.


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