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Interior

Empresa de vinho ganhou licitação para organizar concurso público em MS

Operação Sommelier apreendeu R$ 180 mil durante buscas em Douradina, Dourados, Itaporã e Florianópolis

Por Helio de Freitas, de Dourados | 11/06/2024 10:02
Agentes contam dinheiro apreendido durante operação nesta terça-feira (Foto: Divulgação)
Agentes contam dinheiro apreendido durante operação nesta terça-feira (Foto: Divulgação)

Operação deflagrada nesta terça-feira (11) pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul investiga suspeita de corrupção na Prefeitura de Douradina, cidade a 192 km de Campo Grande. Empresa de vinho com sede em Campo Grande ganhou a licitação, com suspeita de fraude, segundo o MP.

Com nome de “Sommelier”, a ação comandada pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) e Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) apura suspeita de uso de empresa de fachada, contratada para fazer concurso público da prefeitura.

Onze mandados de busca e apreensão foram cumpridos hoje em Douradina, Dourados, Itaporã e Florianópolis. Em Douradina, as equipes estiveram na sede da prefeitura. A casa do procurador-geral de Douradina Thiago de Lima Holanda também foi alvo de buscas. Ele mora em Itaporã, cidade vizinha de Douradina.

Segundo o MP, investigação conduzida pela 1ª Promotoria de Justiça da comarca de Itaporã, com apoio do Gecoc, identificou “fraude ao caráter competitivo de licitação pública” na contratação da empresa que organizou o concurso público.

“Foi apurada a existência de associação criminosa entre servidores públicos e o empresário, que previamente conluiados, organizaram-se para fraudar a licitação e desviar dinheiro público mediante superfaturamento”, afirma o MP, em nota. Durante as buscas, foram apreendidos R$ 180 mil. O Ministério Público não informou onde o dinheiro foi encontrado.

A operação contou com apoio da Polícia Militar e do Gaeco de Santa Catarina. “Sommelier” está relacionado ao fato de a empresa contratada para fazer o concurso público ser de “fachada”, pois a sede era a loja de vinhos na capital sul-mato-grossense.

O prefeito de Douradina, Jean Sergio Clavisso Fogaça (PSDB), ainda não se manifestou sobre a operação.

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