Enganado por "filha", homem perde 3,5 mil em golpe pelo WhatsApp
Somente neste ano, o Estado registrou 9.429 casos de estelionato, com 3.744 casos reportados apenas na Capital
Um morador de Nova Andradina, cidade localizada a 300 km da Capital, compareceu à 1ª Delegacia de Polícia após perder R$ 3.555 em um golpe no WhatsApp. Trata-se de mais um caso de estelionato virtual, que tem se tornado comum em MS. Somente neste ano, o Estado registrou 9.429 casos de estelionato, conforme levantamento da Sejusp (Secretária de Estado de Justiça e Segurança Pública).
De acordo com o jornal local Nova News, o homem, que não teve a identidade divulgada, recebeu uma mensagem de um contato que se apresentou como sua filha, solicitando dinheiro.
Mesmo que o número fosse desconhecido, o golpista utilizou uma foto da filha da vítima em seu perfil do WhatsApp, o que fez o morador acreditar que estava realmente conversando com sua filha.
Após realizar uma transferência via Pix, o homem decidiu ligar para sua filha através do contato que já estava em sua lista telefônica, momento em que ela confirmou que não havia solicitado dinheiro, evidenciando o golpe.
O caso foi registrado na 1ª Delegacia de Nova Andradina na sexta-feira (29) como estelionato, e o comprovante de transferência com os dados da pessoa que recebeu o dinheiro poderá auxiliar nas investigações.
Prevenção - Em resposta ao aumento de golpes virtuais, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul lançou a "cartilha antigolpes" este ano. A iniciativa visa auxiliar o público na identificação de situações suspeitas e na adoção de medidas de segurança preventivas para evitar prejuízos e transtornos relacionados a golpes, estelionatos e fraudes virtuais. Confira os principais golpes:
Falso Perfil no WhatsApp - Os criminosos usam o nome e a imagem da vítima com um número diferente para solicitar transferências bancárias, Pix ou depósitos.
Boleto Falso - As vítimas recebem boletos falsos por meio de links suspeitos. É importante verificar a autenticidade do documento, conferindo detalhes como o código do banco, beneficiário, valor e data de vencimento.
Falsa Paquera - Os golpistas iniciam uma conversa nas redes sociais e, em seguida, envolvem a vítima em troca de mensagens com conteúdo sexual ou pornográfico, usando as informações comprometedoras como forma de chantagem.
Falso Anúncio de Vendas - Os criminosos anunciam produtos à venda, mas após a negociação e pagamento, bloqueiam o contato da vítima, deixando-a sem meios de comunicação. Verificar a reputação do vendedor é fundamental.
Uso de Documentos de Terceiros - Quando os documentos são perdidos, os criminosos podem usá-los para realizar compras no nome da vítima. É recomendável abrir um processo judicial para recuperar o dinheiro em caso de fraude.
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