Exército paraguaio fecha acessos entre Coronel Sapucaia e Capitán Bado
Militares fizeram barreiras com pneus e deixaram apenas um acesso entre as duas cidades para controlar entrada de brasileiros
Em mais um passo para fechar suas fronteiras com os vizinhos sul-americanos na tentativa de evitar proliferação do novo coronavírus, o Paraguai limitou nesta quarta-feira (18) os acessos entre as cidades-gêmeas Capitán Bado (PY) e Coronel Sapucaia (MS), a 400 km de Campo Grande.
Usando pneus velhos, militares do Exército paraguaio, armados com fuzis, interditaram vários acessos entre as duas cidades, separadas apenas por uma rua. O subcomissário da Polícia Nacional na cidade, Cesar Galeano, disse que as entradas foram unificadas em apenas uma, onde foi instalado um posto de controle migratório.
“Estamos fechando os pontos de entrada e saída entre Capitán Bado e Coronel Sapucaia, para deixar apenas um acesso, de onde poderemos fazer o controle sanitário”, afirmou Galeano em entrevista a rádios paraguaias.
Em estado de emergência sanitária desde segunda-feira (16), o Paraguai adotou controle total ao ingresso de estrangeiros em seu território, especialmente de brasileiros. No país vizinho, os meios de comunicação locais elogiam as medidas do governo de Mario Abdo Benítez para tentar impedir a disseminação do vírus e criticam a falta de ações semelhantes por parte do governo brasileiro.
Desde 0h de hoje, está proibida a entrada de estrangeiros no espaço aéreo paraguaio, independentemente da companhia aérea que eles embarcaram para entrar no país. A decisão, válida até 26 de março, foi tomada pela Diretoria Nacional de Aviação Civil como parte das medidas para impedir a propagação do Covid-19.
As companhias aéreas foram orientadas a suspender a venda de passagem para cidadãos estrangeiros com destino ao Paraguai. Édgar Melgarejo, chefe da Dinac – equivalente à Anaac no Brasil – disse que os voos serão remarcados quando a situação for normalizada.
Cidadãos paraguaios, estrangeiros residentes no Paraguai e diplomatas continuam voando normalmente. Mesmo assim, Melgarejo afirma que a decisão de impedir o embarque de passageiros estrangeiros não residentes no país deve reduzir pela metade a venda de bilhetes aéreos.