"Extremamente fria", descreve polícia sobre mãe presa por torturar filhas
Marido dela, padrasto das crianças, também foi preso em flagrante
"Extremamente fria", assim descreveu o delegado Felipe Machado Potter sobre o depoimento da mulher de 21 anos, acusada de torturar as duas filhas, de 4 e 6 anos, em Chapadão do Sul, a 321 quilômetros de Campo Grande. O marido dela, padrasto das meninas, também foi preso por tortura. As crianças tinham lesões recentes que, inclusive, estavam sangrando quando foram socorridas.
O delegado comentou que durante interrogatório, a mulher não demonstrou arrependimento. "Conta com detalhes o que ocorreu e não apresenta nervosismo", discorre. As agressões teriam sido cometidas como castigo pelas meninas brincarem fora de casa à noite. "Revoltante", afirma.
O crime chegou ao conhecimento da polícia na noite desta segunda-feira (6), quando pessoas ouviram gritos de socorro e fizeram denúncia. Ao chegar no imóvel, os militares encontraram a mãe e as crianças com diversos ferimentos. Questionada, a mãe confirmou que batia nas crianças por motivos fúteis.
“Possuem lesões por todo o corpo, estando em estado deplorável de maus-tratos, inclusive, foram alimentadas em sede da PM, pois disseram estar com fome”, descreveu a Polícia Militar.
As crianças contaram que eram espancadas há meses pela mãe e pelo padrasto. As meninas eram obrigadas a ficar de joelhos em tampas de garrafas por mais de uma hora. Elas, inclusive, tinham lesões recentes que estavam sangrando.
A PM prendeu em flagrante mãe e padrasto, que foram encaminhados para a delegacia de Polícia Civil pelo crime de tortura. A polícia representou pela prisão preventiva dos dois. As crianças foram acolhidas em um abrigo da cidade.