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Interior

Falso médico é condenado por morte de paciente

Marx Honorato Ortiz responderá pela morte de idoso que buscou atendimento médico em hospital

Gustavo Bonotto | 09/03/2023 20:33
Falso médico é condenado por morte de paciente
Julgamento aconteceu durante toda a quinta-feira (9), em Sete Quedas. (Foto: Salatiel Assis/Fronteira Agora Notícias)

A Justiça condenou Marx Honorato Ortiz, de 42 anos, a seis anos de reclusão em regime semiaberto por ser responsável pela morte de um idoso, em 2014. O julgamento ocorreu durante toda a quinta-feira (9), no município de Sete Quedas, a 468 quilômetros de Campo Grande.

Jurados decidiram pela absolvição da acusação de exercer ilegalmente a Medicina, mas o consideraram culpado pela morte e pelo crime de falsidade ideológica.

O juiz substituto da Vara Única de Sete Quedas, Mateus da Silva Camelier, considerou no cálculo da sentença que Marx já respondia ao processo em liberdade e não registra maus antecedentes. A pena foi de 6 anos pelo homicídio e 3 meses por atribuir-se falsa identidade.

O caso - Em dezembro de 2014, um idoso procurou atendimento médico no Hospital Municipal de Paranhos, a 462 quilômetros da Capital. A vítima reclamou de dores de cabeça e que estava vomitando sangue. Segundo o depoimento da filha, que consta no inquérito inicial, o profissional que atendeu o paciente realizou um eletrocardiograma, o medicou e liberou.

No mesmo dia, o idoso retornou ao hospital, sendo medicado e liberado novamente. No início da noite, a filha retornou com seu pai exigindo que ele fosse internado e transferido para Dourados ou Campo Grande.

Neste momento, ainda conforme a acusação, o médico afirmou de forma grosseira que sabia o que estava fazendo e questionou se ela havia feito Medicina. A vítima foi então deixada em observação tomando soro no hospital do próprio município e, após algumas horas, morreu.

Quando o caso chegou a polícia, não foi Marx Ortiz o intimado para responder ao inquérito, mas o médico por quem ele se passava. Em depoimento, o profissional afirmou que nunca havia atendido em Paranhos, mas a situação só foi esclarecida quando a filha do paciente confirmou que ele não era o médico de seu pai. Ao apresentarem Marx, a mulher o reconheceu na hora.

*Matéria alterada para correção de informação.

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