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Interior

Filha pede vaga para caminhoneiro que corre risco de morte por pedra no rim

Ele descarregou carga de soja em Três Lagoas, na quarta-feira (4), quando teve mal súbito

Por Cassia Modena | 07/09/2024 15:13
Fachada do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, de Três Lagoas, que atende pela rede pública e privada (Foto: Divulgação)
Fachada do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, de Três Lagoas, que atende pela rede pública e privada (Foto: Divulgação)

O caminhoneiro Paulo Benitez, 56, luta pela vida desde quinta-feira (5), quando teve complicações relacionadas a um cálculo renal, também chamado de pedra no rim. Ele está internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, em Três Lagoas. Seu estado de saúde é considerado gravíssimo e ele precisa fazer uma cirurgia de emergência para desobstrução do canal biliar.

Funcionários do hospital afirmaram que não é possível fazer a operação lá e que um pedido de transferência para o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande, foi negado. É o que relata a esteticista Thais Benitez, filha de Paulo. A família mora na Capital e foi atá a cidade do interior para acompanhá-lo.

Três Lagoas tem outra instituição que presta atendimento público, o Hospital Regional da Costa Leste Magid Thomé. A filha afirma que também houve negativa para transferir o paciente para lá e, desesperada, tenta entender por qual motivo o encaminhamento está demorando tanto.

"Ele precisa de cirurgia pelo sistema público, governamental. Já houve umas quatro negativas. Por que não fazem aqui na cidade ou conseguem esse encaminhamento para Campo Grande? Meu pai depende só disso para viver", apela.

Thais conta que as dores renais ficaram mais fortes na quarta-feira (4), no momento em que ele descarregava uma carga de soja em Três Lagoas. Recebeu o primeiro atendimento em um posto de saúde, foi medicado e liberado. "Mas, pouco depois, passou mal de novo e teve que voltar. Foi transferido para o hospital, esperou por horas e foi levado para a UTI", diz.

Explicações - A reportagem questionou o caso à assessoria de imprensa da Prefeitura de Três Lagoas, do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora e do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, além da Secretaria Estadual de Saúde.

A Secretaria Municipal de Saúde de Três Lagoas informou em nota, que "o paciente aguarda a realização de uma Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica (CPRE), procedimento esse que é regulado pelo sistema CORE/Estado. De todo modo, a pasta está em contato com Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, com o Hospital Regional Magid Thomé e também com a rede de saúde em Campo Grande para tentar garantir a vaga necessária".

A assessoria do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora afirmou que não é referência no exame que Paulo Roque precisa, mas que conseguirá fazê-lo dentro do centro cirúrgico. Assim, é possível que faça a cirurgia. A instituição disse que enviaria uma nota com atualizações sobre a situação do paciente.

As assessorias da Secretaria Estadual de Saúde e o Hospital Regional de Mato Grosso ainda não se manifestaram. O espaço segue aberto.

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