Funcionários de fazenda fazem fogueira para salvar gado do frio extremo
Foram registrados 132 mortes de animais devido as baixas temperaturas no Sul do Estado neste final de semana
Frio extremo que atingiu a região Sul do Estado, fez com que 132 animais morressem em Mato Grosso do Sul. No último final de semana, proprietários da fazenda Santa Luzia, em Iguatemi, a 442 quilômetros de Campo Grande, precisaram acender uma fogueira para tentar reverter quadro de hipotermia dos bois.
Até esta segunda-feira (15), foram registrados 44 animais mortos, em Iguatemi, conforme a Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal). Segundo o gerente de controle e operações, Marco Aurélio Guimarães, a fogueira ajudou na recuperação dos animais que estavam deitados.
O fiscal da agência em Iguatemi, Fabrício Motta, contou que os animais vieram do Pará, onde as temperaturas acima dos 30°C. "Saíram de uma temperatura muito alta e se depararam com frio muito intenso e chuva, durante todo o tempo. Foram aferidas temperaturas de aproximadamente 15 animais, e todos com hipotermia severa", disse ele.
Segundo ele, a grande diferença de temperatura gerou a alta mortalidade dos animais. Ao todo, vieram 110 animais do estado do Pará, destes, 44 morreram. Conforme o Cemtec - MS (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), os termômetros registraram 8°C em Iguatemi, com 54mm de chuva. A sensação térmica era de 3,7°C.
A mesma situação foi registrada em Tacuru, no dia 12. Vídeo que circula as redes sociais, mostram parte do gado da Fazenda Nova Esperança agonizando no frio. Conforme a Iagro, foram 88 animais mortos no município. No vídeo, a pessoa que não foi identificada, afirma que os animais estão morrendo de frio. Pela imagem, é possível perceber que choveu e os animais estavam deitados no pasto.
Conforme o boletim de ocorrência, registrado no mesmo dia, caíram vários raios durante a madrugada de sexta-feira. No registro policial, a pessoa, que não foi identificada, informa que os animais ficaram fracos devido aos raios e morreram ao longo do dia. Por volta das 15h, indígenas teriam invadido a propriedade para pegar a carne dos animais mortos, sem o consentimento do proprietário.
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