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Interior

Funcionários de hospital podem ser punidos por filmarem mortos

A direção da unidade informou que vai instaurar procedimento para investigar o caso e punir os responsáveis

Por Viviane Oliveira | 12/12/2023 12:16
Pessoa passeia pelas 4 macas, levanta o lençol e mostra os rostos dos suspeitos que foram mortos em confronto (Foto: reprodução/vídeo)
Pessoa passeia pelas 4 macas, levanta o lençol e mostra os rostos dos suspeitos que foram mortos em confronto (Foto: reprodução/vídeo)

Dois funcionários do Hospital de Anastácio, distante 122 quilômetros de Campo Grande, gravaram vídeo mostrando os corpos dos suspeitos que foram baleados em troca de tiros com policiais civis na zona rural do município, na sexta-feira (8).

Desde então, as imagens estão circulando na internet. Os envolvidos pela filmagem podem responder pelo crime de vilipêndio a cadáver (desrespeito ao corpo), que tem pena de 1 a 3 anos de detenção e multa. A reportagem optou por não divulgar o vídeo por se tratar de imagem forte.

A gravação mostra uma pessoa com luva cirúrgica, vestida de jaleco azul, calça jeans e tênis, levantando os lençóis e mostrando o rosto de cada um. Ela mostra quatro dos seis homens mortos, cada um em uma maca. Enquanto isso, aparece a sombra de uma mulher andando atrás e fazendo a filmagem.

Por meio de nota, a direção do Hospital de Anastácio informou que vai instaurar investigação para apurar a denúncia e, caso fique comprovado o envolvimento de um de seus colaboradores na produção e divulgação do referido vídeo, será aplicada penalidade condizente com a intolerância a este tipo de conduta dentro da unidade hospitalar.

“O Hospital de Anastácio repudia veementemente qualquer tipo de ato que atente contra a integridade do paciente e a ética profissional. Os valores que norteiam a postura do hospital são contrários às atitudes que exponham ou constranjam pacientes e vêm sendo disseminados permanentemente entre seus colaboradores.”

Caso - Os seis mortos em confronto com a Polícia Civil planejavam roubar duas caminhonetes e fazer os motoristas reféns. Eles foram socorridos pelas equipes policiais e levados para o hospital, mas não resistiram. O caso aconteceu durante uma ação conjunta entre equipes do Garras (Delegacia Especializada em Repressão a Roubo a Banco e Assaltos e Sequestros) e da Defurv (Delegacia Especializada em Repressão a Roubo a Banco e Assaltos e Sequestros), em Anastácio.

Dos seis suspeitos, quatro foram identificados e têm diversas passagens por homicídio, roubo, furto, receptação, tráfico de drogas, ameaças contra agentes do Estado, juízes e promotores, dentre outros, além de um deles ser evadido do sistema prisional.

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