Funileiro é condenado a 11 anos de prisão por matar e decapitar traficante
O crime ocorreu há cinco anos e teve julgamento final na sexta-feira
O funileiro Agnaldo dos Santos Miranda, de 32 anos, foi condenado a 11 anos de reclusão em regime fechado e 10 dias de multa pelo homicídio qualificado e destruição de cadáver de Eliel de Jesus, na época com 44 anos. O último julgamento aconteceu na tarde desta sexta-feira (31), no Tribunal do Júri, no Fórum de Coxim, a 252 km da capital.
O crime ocorreu em maio de 2019, no bairro Nova Coxim. Miranda já havia sido julgado anteriormente, mas teve o julgamento anulado no ano passado.
Durante o último julgamento, a acusação foi feita pelo promotor Leonardo de Miranda Taveira, que defendeu a condenação por homicídio qualificado e destruição de cadáver. Já a defesa ficou por conta do defensor Rafael Duque de Freitas. Ele tentou afastar as qualificadoras, mas elas foram reconhecidas pelos jurados.
De acordo com os autos do processo, Miranda matou a vítima com várias facadas, decapitou o corpo e ainda relatou que chegou a comer carne do pescoço da vítima. Diante da gravidade do crime, a juíza Larissa Luiz Ribeiro fixou a pena em regime fechado.
Além da condenação, Miranda também foi obrigado a indenizar a família da vítima em R$ 5 mil, devidamente corrigido.
O caso - O funileiro Agnaldo dos Santos Miranda, de 28 anos, admitiu ter decapitado Eliel de Jesus, de 44 anos. O crime ocorreu na noite de 5 de maio de 2019, por volta das 22h, nas proximidades do cruzamento da Rua Água Viva com a Avenida Alceu Alves da Costa, no Bairro Nova Coxim, em Coxim.
Conforme a denúncia do Ministério Público Estadual, Agnaldo estava em casa com seu pai quando a vítima chegou ao local e o ofereceu drogas,
Eles deixaram a residência, mas depois aconteceu uma discussão. Durante o desentendimento, Agnaldo pegou uma faca e atingiu diversos golpes na vítima. Aos investigadores o suspeito disse que não se lembrava quantos golpes deu em Eliel, antes de decapitá-lo, contudo, a necropsia apontou 16 perfurações, uma delas no coração.
Depois de matar a vítima, ele cortou a cabeça de Eliel e deixou o membro na varanda da casa de Ozias Gomes de Lima, de 48 anos, colega com quem a vítima também teria consumido drogas. Agnaldo foi preso no dia seguinte ao crime enquanto chegava a uma conveniência da Rua Gaspar Ries Coelho, onde compraria fumo.
À polícia, o homem ainda detalhou que após arrancar a cabeça da vítima ele cortou um pedaço da carne do pescoço e comeu.