ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SEXTA  22    CAMPO GRANDE 28º

Interior

Governo ameaça usar força para liberar estradas bloqueadas por caminhoneiros

Estatal paraguaia anunciou redução no preço do diesel, mas protesto continua e entra no 4º dia hoje

Helio de Freitas, de Dourados | 17/03/2022 09:22
Estrada bloqueada por caminhoneiros paraguaios perto da fronteira com MS. (Foto: Direto das Ruas)
Estrada bloqueada por caminhoneiros paraguaios perto da fronteira com MS. (Foto: Direto das Ruas)

Os caminhoneiros entraram hoje (17) no quarto dia de bloqueio de estradas contra a alta dos combustíveis no Paraguai, país que tem pelo menos 600 quilômetros de fronteira com Mato Grosso do Sul. Nem mesmo a promessa de redução do preço anunciada pela Petropar, a estatal de petróleo paraguaia, foi suficiente para encerrar os protestos.

Estradas estão bloqueadas desde segunda-feira (14) em vários pontos do país, inclusive, na linha internacional com Mato Grosso do Sul. Rodovias de acesso a Pedro Juan Caballero (capital de Amambay) e Salto del Guairá (capital de Canindeyú) estão interditadas.

Nesta quinta-feira, o ministro do Interior Federico González afirmou que a Polícia Nacional fará operações para liberar as estradas se o protesto continuar. Segundo ele, as manifestações têm componente político, pois o governo já aceitou baixar os preços dos combustíveis.

Ontem, o governo do presidente Mario Abdo Benítez anunciou redução de 500 guaranis (em torno de 35 centavos de real) no preço do diesel e da gasolina, mas apenas nos postos com bandeira da Petropar. Entretanto, a medida não foi suficiente para convencer os caminhoneiros a encerrar os protestos. Eles exigem redução ainda maior e retirada do ISC (Imposto Seletivo ao Consumo).

“Nosso movimento continua forte”, afirmou Ángel Zaracho, da Federação dos Caminhoneiros do Paraguai. Outro líder do movimento, Diego Bogarín, disse que a categoria exige redução de 2 mil guaranis no preço de todos os combustíveis.

Nos siga no Google Notícias