Homem executado perto de aeroporto foi empresário até se entregar às drogas
Thiago Caetano Roth estudava sistema de informação e foi morto com 4 tiros na cabeça
O homem encontrado morto ontem (1º) nos fundos do aeroporto de Ponta Porã (a 323 km de Campo Grande, na fronteira com o Paraguai) era acadêmico de sistema de informação na Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul). Dependente químico, Thiago Caetano Roth, 36, chegou a ter uma empresa de informática no bairro Jardim Aeroporto antes de se entregar às drogas.
O corpo foi identificado pelo papiloscopista da Polícia Civil nesta terça-feira (2) através das impressões digitais. Thiago foi executado com quatro tiros na cabeça, possivelmente de calibre 38. O laudo da autopsia ainda não foi concluído.
A reportagem apurou que Thiago, por causa do vício em drogas, costumava desaparecer de casa e depois de alguns dias voltava. Boletins de ocorrência denunciando os constantes desaparecimentos dele foram registrados na Polícia Civil. Desta vez, no entanto, não havia queixa.
Ontem de manhã, o corpo dele foi encontrado em uma rua de terra nos fundos do aeroporto de Ponta Porã, na mesma região onde Thiago morava e onde ele por um tempo teve uma pequena empresa de informática.
Até agora não há pista dos executores. A linha internacional entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, no Paraguai, é marcada pela guerra entre quadrilhas de traficantes. Centenas de pessoas foram mortas nos últimos cinco anos nas duas cidades, também marcadas pela presença de grupos de extermínio, chamados na fronteira de “justiceiros”.