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Interior

Homem que matou pai e filho em fazenda é condenado a 131 anos de prisão

Motivo das mortes seria por falta de pagamento devido a serviços prestados na propriedade

Natália Olliver | 05/06/2023 17:53
Pai e filho foram surpreendidos por grupo encapuzado na fazenda da família. (Foto: Divulgação)
Pai e filho foram surpreendidos por grupo encapuzado na fazenda da família. (Foto: Divulgação)

Homem, de 25 anos, que assassinou a tiros o fazendeiro Olenir Nunes da Silva, de 50, e o filho Antônio Nunes da Silva, de 20 anos, em uma fazenda na região de Amambai, foi condenado a 131 anos, 6 meses e 12 dias de prisão. O crime aconteceu no dia 14 de janeiro de 2022, na região rural da cidade, localizada a 351 km de Campo Grande.

Pai e filho foram surpreendidos por homens encapuzados que adentraram a propriedade durante a madrugada. A motivação dos assassinatos seria a cobrança de dívida por serviços prestados na fazenda dois anos antes.

A sentença proferida nesta segunda-feira (5), pelo  juiz titular da Vara Criminal de Amambai, Daniel Raymundo da Matta. De acordo com o documento, a penalidade é o resultado da soma das várias condenações pelos crimes praticados durante a invasão.

Foram 64 anos, 3 meses e 6 dias de reclusão e 156 dias-multa por latrocínio contra o filho do fazendeiro, com aumento de pena por uso de arma de fogo, agravado pelo motivo torpe e meio cruel.

A pena foi em dobro devido à morte da segunda vítima. Além disso, recebeu a condenação de dois anos de reclusão e 10 dias-multa pelo porte de arma de fogo, e de 1 ano de reclusão por corrupção de menores, devido a ter usado um adolescente como ajudante. Ele também foi condenado ao pagamento de R$ 10 mil como valor mínimo para a reparação dos danos morais causados pela infração.

A morte delas não era necessária para a consumação do crime, já que a primeira vítima foi morta quando já estava amarrada e sozinha na casa e a segunda vítima foi morta em um segundo momento, após ter sido surpreendida pelo réu e pelo adolescente, sem estar armada e sem esboçar nenhuma reação. Logo, pode-se concluir que os crimes resultaram de desígnios autônomos, ou seja, o réu teve a intenção de matar cada uma das vítimas”, disse o juiz.

Crime - A dinâmica do crime aconteceu com a ajuda de um segundo envolvido, um adolescente. De acordo com a denúncia do Ministério Público de Amambai, os dois ficaram em uma mata vizinha à casa das vítimas e por volta das 22h invadiram a sede. Antônio Nunes estava deitado em um dos quartos. O jovem foi imobilizado com cordas e morto com dois tiros na nuca.

Já o pai, Olenir Nunes, foi morto com três tiros. Na ocasião, o fazendeiro chegou ao local de carro com um capataz, e percebendo a situação avançou contra os assaltantes. Os dois réus revidaram e atiraram contra as vítimas. Os tiros acertaram a região do tórax de Olenir, que ainda tentou fugir, mas foi derrubado e morto com mais dois tiros na nuca.

O capataz conseguiu fugir e pedir ajuda. Os autores deixaram a propriedade carregando diversos bens e foram capturados 10 dias depois.

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