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Interior

Justiça confisca R$ 4 milhões em bens de quadrilha ligadas a "Galã" do PCC

PF deflagrou Operação Spollium, contra narcotráfico internacional; são mandados de busca e sequestro de bens em MS e SP

Silvia Frias | 13/03/2020 07:39
Documentos apreendidos durante operação deflagrada em Ponta Porã e dois municípios de SP (Foto/Divulgação)
Documentos apreendidos durante operação deflagrada em Ponta Porã e dois municípios de SP (Foto/Divulgação)

A PF (Polícia Federal) cumpre três mandados de busca e 39 de sequestro de imóveis em Ponta Porã e dois municípios de SP, contra quadrilha de narcotráfico internacional ligada a Elton Leonel Rumich da Silva, o Galã. Os bens confiscados pela 3ª Vara da Justiça Federal estão avaliados em R$ 4 milhões.

O traficante internacional é acusado de ter colocado em prática o plano cinematográfico para execução do chefão do crime organizado na fronteira com o Paraguai, Jorge Rafaat Toumani, em junho de 2016.

As investigações na Operação Spollium demonstraram que pessoas físicas e jurídicas figuravam como “laranjas” para a movimentação de valores e a ocultação do patrimônio ilícito adquirido com o tráfico de drogas.

O grupo criminoso investigado é vinculado ao traficante Galã, condenado pela prática de diversos crimes, tais como tráfico de drogas, organização criminosa, receptação, posse e porte de arma de fogo, homicídios, uso de documento falso. Ele está detido no Presídio Federal de Mossoró (RN).

Por meio da análise dos materiais apreendidos em investigações anteriores, a Polícia Federal teve acesso a diversas planilhas de gastos e contabilidade referentes ao tráfico de entorpecentes, controle de veículos e imóveis registrados em nome de terceiros. Foi possível estabelecer conexão entre os bens que estão sendo apreendidos e sequestrados com a ação criminosa.

Foram identificados 39 imóveis comprados com dinheiro proveniente do tráfico internacional nas cidades de Ponta Porã, Santos e Presidente Prudente.

Além do sequestro dos bens imóveis, a Justiça Federal determinou, também, o bloqueio de valores nas contas bancárias dos investigados.

Os investigados poderão ser indiciados pela prática dos crimes de organização criminosa (art. 2º da Lei nº 12.850/2013) e lavagem de dinheiro (Lei 9.613/98), cujas penas somadas podem ultrapassar 18 anos de reclusão. O nome da Operação, “Spollium”, significa pilhagem em latim, sendo uma referência aos bens obtidos com atividades ilícitas pela organização criminosa.

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