Justiça mantém prisão de "empresários de fachada" acusados de tráfico
Dois homens foram presos em Ponta Porã e o terceiro em Campo Grande; 4º investigado está foragido
A Justiça Federal manteve a custódia de três acusados de tráfico de drogas, alvos de mandados de prisão temporária no âmbito da Operação Carbón Blanco, deflagrada ontem (12) pela Polícia Federal.
A operação investiga esquema de remessa de cocaína e armas em cargas de carvão vegetal, supostamente despachadas por empresa de fachada, com sede em Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai. Um dos carregamentos, de 1.500 quilos de cocaína, foi apreendido em Araçatuba (SP), em janeiro deste ano.
Em Ponta Porã, foram presos Alessandro Calonego da Silva e Wagner Freitas Martins. Na audiência de custódia, o juiz da 1ª Vara Federal Ricardo Duarte Ferreira Figueira negou pedido de liberdade provisória da dupla e determinou prosseguimento ao caso.
Preso em Campo Grande, Gustavo Aurélio de Oliveira foi levado para audiência de custódia na 5ª Vara Federal, onde o mandado de prisão temporária também foi mantido. Em caso de denúncia por tráfico de drogas, a prisão temporária vale por 30 dias e pode ser renovada por mais 30 dias.
Alessandro Calonego da Silva aparece como dono de empresa de comércio de alimentos localizada em Campo Grande e de uma empresa de comércio de carvão no Parque das Aroeiras, em Ponta Porã.
Wagner Freitas Martins é dono de um lava-rápido e garagem de venda de veículos seminovos na Avenida Brasil, centro de Ponta Porã. No estabelecimento, a PF apreendeu ontem uma caminhonete RAM, um Porsche Cayenne e R$ 24 mil em espécie.
Gustavo Aurélio de Oliveira aparece como dono de empresa de organização de eventos, com endereço no Parque Residencial Azaléia, em Campo Grande.
Além dos três presos, a Justiça Federal determinou a prisão temporária de um quarto investigado, também de Campo Grande, mas ele não foi encontrado e passa ser considerado foragido. O nome não foi revelado.
Além de Ponta Porã e Campo Grande, mandados de busca e apreensão também foram cumpridos Camapuã (MS), Birigui (SP) e São Paulo (SP).
Na capital sul-mato-grossense, um dos locais vasculhados pelos agentes foi uma casa de alto padrão no Residencial Alphaville.
O Campo Grande News apurou que, oficialmente, o imóvel pertenceu a Alessandro Calonego da Silva, mas desde 2021 está escriturado em nome de outra pessoa. A PF confirmou que foi cumprido mandado nesse endereço, mas não informou o motivo das buscas na residência do Alphaville.
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