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Interior

Donos de empresas de fachada estão entre presos por tráfico

Um deles é Alessandro Calonego da Silva, que foi capturado pela Polícia Federal em Ponta Porã

Por Helio de Freitas, de Dourados | 12/09/2024 17:04
Viatura da PF em frente à casa no Residencial Alphaville, onde foi cumprido mandado (Foto: Divulgação)
Viatura da PF em frente à casa no Residencial Alphaville, onde foi cumprido mandado (Foto: Divulgação)

Dois empresários de Mato Grosso do Sul estão entre os presos na Operação Carbón Blanco, deflagrada nesta quinta-feira (12) pela Polícia Federal contra organização que enviava cocaína e armas em cargas de carvão vegetal da fronteira com o Paraguai para grandes cidades brasileiras. Segundo a PF, as empresas são de fachada.

Alessandro Calonego da Silva aparece como dono de empresa de comércio de alimentos localizada em Campo Grande e de uma empresa de comércio de carvão no Parque das Aroeiras, em Ponta Porã.

Considerado um dos principais chefes da organização e com antecedentes por tráfico de drogas no Rio Grande do Sul, Calonego foi preso em Ponta Porã. Casa de alto padrão no Residencial Alphaville, em Campo Grande, foi um dos alvos de mandado de busca e apreensão, hoje de manhã. A casa pertenceu a Calonego até 2021, mas atualmente está escriturada em nome de outra pessoa.

Outro preso hoje é Wagner Freitas Martins, dono de um lava-rápido e garagem de venda de veículos seminovos na Avenida Brasil, centro de Ponta Porã. Também é apontado como integrante do alto comando da organização. No estabelecimento, a PF apreendeu uma caminhonete RAM, um Porsche Cayenne e R$ 24 mil em espécie.

Outros dois mandados de prisão tinham como alvos moradores de Campo Grande. Um foi cumprido e o outro alvo ainda está foragido. Os nomes desses envolvidos não foram revelados. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Camapuã, Birigui (SP) e São Paulo (SP).

De acordo com a PF, as investigações começaram em janeiro deste ano, após apreensão de 1.500 quilos de cocaína escondidos em carga de carvão, em Araçatuba (SP). A PF descobriu que a organização criminosa enviava carregamentos de cocaína e armas ilegais para grandes centros brasileiros em cargas de carvão.

*Matéria alterada em 18/09/2024 para correção de informações.

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