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Interior

“Justiceiros da Fronteira” voltam à ativa e rapaz é executado a tiros

Ao lado do corpo foi encontrado cartaz assinado por grupo de extermínio

Helio de Freitas, de Dourados | 04/09/2020 16:10
Corpo foi deixado em estrada a 7 km de Pedro Juan Caballero (Foto: Marciano Candia)
Corpo foi deixado em estrada a 7 km de Pedro Juan Caballero (Foto: Marciano Candia)

Grupo de extermínio autodenominado “Justiceiros da Fronteira” voltou à tona nesta sexta-feira (4) na Linha Internacional entre o Paraguai e Mato Grosso do Sul. Pedaço de papelão com assinatura dos matadores foi encontrado ao lado do corpo de Lucas Valdez Ramírez de 18, na Colônia República, a 7 km de Pedro Juan Caballero, cidade vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande.

Lucas tinha antecedentes por furto agravado e morava no bairro San Blas, em Pedro Juan Caballero. Ele havia saído recentemente da cadeia. “Não roubar em PJC”, dizia frase escrita no papelão, em castelhano.

O corpo foi encontrado em uma estrada vicinal. De acordo com o médico forense Marcos Prieto, o rapaz foi executado com quatro tiros – um no peito e três na cabeça. Segundo o legista, possivelmente os assassinos levaram o rapaz ao local e o mataram entre 9 e 10h de hoje.

Desde novembro do ano passado não havia registro de atuação do grupo de extermínio. No dia 14 daquele mês, Dagmar Cleidson Fêo, 26, foi morto com 28 tiros de pistola 9 milímetros em Ponta Porã. Ao lado do corpo foi deixado cartaz assinado pelos “Justiceiros da Fronteira”.

Três dias depois, João Vitor Barrios Hirakawauchi, 19, foi executado com tiros de fuzil, também em Ponta Porã. Os dois faziam parte da mesma quadrilha que vinha praticando assaltos na fronteira.

Na época, o Campo Grande News apurou que as mortes teriam sido ordenadas pelos chamados “barões da fronteira”, que atuam no comércio e no contrabando, descontentes com os constantes assaltos em Ponta Porã e Pedro Juan Caballero.

Pedaço de papelão assinado por grupo de extermínio deixado ao lado de corpo; chinelo da vítima foi usado como peso (Foto: Marciano Candia)
Pedaço de papelão assinado por grupo de extermínio deixado ao lado de corpo; chinelo da vítima foi usado como peso (Foto: Marciano Candia)


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