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Interior

Laudo de sindicância que explica superdose em químio será apresentado amanhã

Liana Feitosa | 22/03/2015 15:07
"A sindicância está fechada e será apresentada nesta segunda-feira (23)", garantiu diretor. (Foto: Diário Corumbaense)
"A sindicância está fechada e será apresentada nesta segunda-feira (23)", garantiu diretor. (Foto: Diário Corumbaense)

Devem ser apresentados nessa semana os resultados de sindicância aberta para apurar irregularidades na manipulação de medicamentos do setor de Oncologia do Hospital de Corumbá, a 419 quilômetros de Campo Grande. A investigação foi instaurada depois que dois pacientes em tratamento quimioterápico sofreram fortes reações aos medicamentos do setor de Oncologia.

“A sindicância está fechada e será apresentada nesta segunda-feira (23). É 99% de chance de ter havido erro na manipulação do medicamento”, afirmou o diretor-técnico do hospital, Domingos Albaneze, ao jornal Diário Corumbaense.

Afastado - O farmacêutico responsável pela manipulação dos medicamentos foi afastado pelo hospital das funções que desempenhava e foi aberta sindicância no dia 20 de fevereiro. Foi dado prazo de 30 dias para a conclusão dos levantamentos.

Ainda de acordo com o Diário Corumbaense, os procedimentos seguiram normas e recomendações do Ministério da Saúde, Vigilância Sanitária e órgãos fiscalizadores, conforme garantiu Albaneze.

Vítima - Terezinha de Medeiros, de 82 anos, morreu no dia 28 de fevereiro após ser internada no CTI (Centro de Tratamento Intensivo) da Santa Casa da cidade. Outro paciente, Sebastião Rocha, de 47 anos, também sofreu reações a medicamentos utilizados nas sessões de quimioterapia.

Ele fez a última sessão no dia 12 de fevereiro e, em seguida, começou a apresentar reações, como pele avermelhada. No dia seguinte, o rosto ficou deformado. Sebastião recebeu alta na última quarta-feira (18), mas a notícia só foi divulgada neste domingo (22).

Explicação - “Sebastião teve reação a uma dose elevada de um produto chamado Fluoracil, que diminui a imunidade do paciente. Enquanto ele esteve com a imunidade baixa, o que o deixou suscetível a infecções, demos medicações antibióticas de alta potência e fizemos também a reposição de plaquetas, que pela toxidade do produto, diminuem. Graças a Deus, conseguimos um resultado bastante efetivo”, explicou o diretor-técnico ao jornal.

No caso de Terezinha, o médico afirmou que foi obtido resultado positivo na reposição das plaquetas, no entanto, ela sofreu grande estresse e faleceu em decorrência de arritmia cardíaca. "Mas isso não tira as consequências de ela ter tomado uma alta dose do produto (Fluoracil)”, completou.

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