“Mandou eu tirar a calça e deitar no chão”, conta estudante da UFGD estuprada
Como não há testemunhas, os investigadores estão atrás de câmeras nas proximidades para identificar o autor
Pelas redes sociais a estudante da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), que foi vítima de estupro, divulgou detalhes do crimes. O caso aconteceu na noite da última quarta-feira (17), nas imediações do campus da universidade em Dourados, cidade que fica a 251 Km da Capital.
De acordo com o site Dourados News, a vítima contou que por volta das 19h30, quando caminhava pela Rua Quintino Bocaiúva em direção a Fadir (Faculdade de Direito e Relações Internacionais) foi abordada pelo homem. Com a repercussão do caso, alguns alunos comentaram que na região não há nenhum poste de iluminação pública.
Segundo a estudante, o autor estava em uma moto e se aproximou por trás da vítima dizendo que estava armado. "Fui levada para os fundos de um terreno baldio, onde fui obrigada a tirar a roupa para ser estuprada", contou. "Ele dizia para eu não gritar e eu confirmava dizendo que não faria. Ele mandou que eu deitasse no chão, e depois mandou que eu tirasse a calça e a calcinha e me penetrou algumas vezes. Ele levantou e foi embora”, completou.
Após o ato, o homem foi embora e a vítima pediu ajuda na universidade. Ela contou que foi até a unidade da Fadir onde pediu ajuda de colegas de curso que acionaram a Polícia Militar.
“Fiz exame de sangue. Fiz o corpo delito. Lembro de tirar a calça para colocar o roupão do hospital e perceber que eu e o chão estávamos sujos de terra. Sai do banheiro chorando e pedindo desculpas pela bagunça. Pedi para uma amiga notificar o ocorrido nos grupos das turmas. Quero que todos saibam o que aconteceu comigo. Não quero que ninguém passe pela mesma situação, nem nenhuma parecida”, diz outra parte do depoimento da estudante.
A investigação é tratada com sigilo pela Polícia Civil. Para o site local, o delegado Adilson Sitiguivitis Lima, titular da Delegacia Regional de Dourados, contou que o caso é apurado pela DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher), porém, por conta do fato "sensível', as informações seguem tratadas internamente.
Como não há testemunhas, os investigadores estão coletando imagens de câmeras de segurança nas proximidades para tentar chegar ao autor.