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Interior

Marido, “mãe de santo” e comparsa são condenados por execução de detetive

Zuleide Lourdes, 57 anos, foi morta com tiro na cabeça em matagal a mando do esposo, também detetive

Por Ana Paula Chuva e Helio de Freitas, de Dourados | 09/08/2024 10:15
Zuleide com o marido e mandante do seu assassinato, Givaldo Ferreira Santos. (Foto: Reprodução Facebook)
Zuleide com o marido e mandante do seu assassinato, Givaldo Ferreira Santos. (Foto: Reprodução Facebook)

Quatro envolvidos na execução da detetive particular Zuleide Lourdes Teles da Rocha passaram por julgamento que terminou na madrugada desta sexta-feira (9). Três foram condenados e um deles absolvido por não ter participado diretamente no crime que aconteceu em junho de 2021, no Bairro Esplanada, em Dourados, cidade a 251 quilômetros de Campo Grande.

Zuleide foi assassinada com um tiro na cabeça na área de mata afastada do perímetro urbano de Dourados. Na ocasião, ela estava acompanhada de um sobrinho de 7 anos. Depois do crime, o menino foi deixado em um contêiner e os criminosos fugiram com a picape Montana da vítima.

Durante a investigação, ficou apontado que o mandante da execução era o marido da vítima, o também detetive, Givaldo Ferreira Santos, 62 anos. Em outra ocasião, ele já tinha encomendado a morte Zuleide, mas o pistoleiro desistiu após receber parte do pagamento. O homem então armou novamente o plano.

No dia da execução, Zuleide recebeu ligação da “mãe de santo” e orientadora espiritual de Givaldo. Por telefone, Sueli da Silva afirmou que estaria interessada em seus serviços para investigar um caso extraconjugal e marcou o encontro no bairro Jardim Esplanada. No local, estavam o filho do mandante William Ferreira Santos e José Olímpio de Melo Junior, funcionário de um escritório de contabilidade.

William ficou com o menino de 7 anos no carro da vítima e enquanto Sueli e José a levaram para o matagal. O homem foi quem deu o tiro que matou Zuleide. O corpo da vítima foi deixado no local e encontrado horas depois. Os envolvidos acabaram presos no decorrer da investigação e ontem passaram pelo julgamento.

A sessão terminou nesta madrugada e resultou na condenação de três envolvidos, apenas William foi absolvido por confessar que levou o pistoleiro no local e depois ficou no carro da mulher. Ele foi solto. O pai do rapaz e mandante do crime foi sentenciado a 24 anos, um mês e 25 dias de prisão.

Já a mãe de santo foi condenada a 20 anos de prisão e Olímpio a 19 anos e três meses. Todos em regime fechado.

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