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Interior

Movimentos cobram cassação após boato sobre acordo para salvar vereadores

Presidente da Câmara Alan Guedes recebeu manifesto ontem à noite à favor da cassação de Idenor Machado, Pepa, e Pastor Cirilo

Helio de Freitas, de Dourados | 14/05/2019 08:03
Manifestante com camiseta da campanha “Sapatada ou Cassação Já!”, ontem à noite na Câmara (Foto: Divulgação)
Manifestante com camiseta da campanha “Sapatada ou Cassação Já!”, ontem à noite na Câmara (Foto: Divulgação)

Os movimentos Dourados contra a Corrupção, Acorda Dourados, Alô Dourados e Avança Dourados prometem intensificar os protestos para cobrar a cassação dos vereadores Idenor Machado (PSDB), Pedro Pepa (DEM) e Pastor Cirilo Ramão (MDB).

A mobilização é uma reação ao boato sobre um suposto acordo nos bastidores políticos para salvar os mandatos dos três políticos, denunciados no âmbito da Operação Cifra Negra. O prazo para as comissões processantes entregarem os relatórios finais termina no dia 19 deste mês.

Na noite de ontem (13), os movimentos lançaram a campanha “Sapatada ou Cassação Já!”. Uma carreata com trio elétrico chegou à Câmara de Vereadores durante a sessão ordinária semanal e um manifesto cobrando a cassação dos três vereadores foi entregue ao presidente da Casa Alan Guedes (DEM).

O tema faz uma alusão ao episódio ocorrido em setembro de 2010 na Câmara de Dourados, quando o auxiliar administrativo Adailton Castro Souza jogou o sapato no então vereador Aurélio Bonato, um dos indiciados na Operação Uragano que tentava presidir a sessão logo após o escândalo que levou para a cadeia o então prefeito Ari Artuzi (morto em 2013, de câncer) e a maioria dos vereadores.

Denunciados pelo Ministério Público acusados de fazer parte de um esquema criminoso envolvendo licitações fraudulentas, preços superfaturados e pagamento de propina, os três vereadores enfrentam o processo de cassação por quebra de decoro desde 4 de fevereiro. Eles estão afastados dos mandatos por ordem judicial desde dezembro.

Na semana passada, a vereadora Denize Portolann (PR), ré na Operação Pregão que apura atos de corrupção na prefeitura, foi cassada por unanimidade por quebra de decoro. Nos bastidores, os boatos são de que boa parte dos vereadores que cassaram Denize não votaria pela cassação de Idenor, Pepa e Cirilo.

Nas alegações finais entregues às comissões processantes, os vereadores negaram envolvimento em atos de corrupção. O advogado Fernando Baraúna, que defende Pepa e Cirilo, pediu sessão única para votar os relatórios sobre os dois vereadores. Alam Guedes informou que aguarda os relatórios das comissões processantes para avaliar o pedido da defesa.

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