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Interior

MPE e Polícia investigam irregularidades na Câmara de Ribas do Rio Pardo

Zana Zaidan e Edivaldo Bitencourt | 21/11/2013 09:09

O Ministério Público Estadual investiga fraudes em três empresas que prestam serviços à Câmara de Vereadores de Ribas do Rio Pardo, a 103 quilômetros de Campo Grande. Além dos grupos, o MPE e a Polícia Civil apuram a participação de funcionários e parte dos 11 vereadores no esquema.

A suposta fraude foi denunciada ao MPE por um advogado da cidade que, conforme o presidente da Câmara, Adalberto Alexandre Domingues (PRTB), “não gosta dos vereadores”.

O promotor Leonardo Dumont Palmerston viu indícios das irregularidades e instaurou inquérito civil para apurar o caso. Ele pediu para a Polícia Civil investigar a parte criminal.

O delegado Reginaldo Salomão, responsável pelo caso, afirma que o inquérito foi aberto no dia 8 de outubro, mas como solicitou prazo para prorrogação, deve ser concluído no dia 20 de dezembro. Até o fim deste mês, pretende interrogar todos os vereadores – nem todos como investigados, a maior parte deles como testemunhas, explica.

Depois disso, serão ouvidos os donos e funcionários das três empresas.

Como a investigação corre em segredo de Justiça, Salomão não pôde revelar quantos são investigados – apenas o nome da vereadora Lucineide Friosi como acusada foi confirmado. Ela já era investigada pela Polícia Civil pelo crime de concussão, pois exigia que uma servidora repassasse parte do salário a ela. No dia 4, ela foi flagrada recebendo R$ 512 da vítima.

Ontem (20) o primeiro vereador já foi ouvido, mas o delegado não revelou o nome do depoente.

Domingues disse que o legislativo municipal não cometeu nenhuma irregularidade e o trabalho do promotor dará mais transparência aos atos da Casa. Ele disse que toda a Câmara é alvo das investigações.

Por mês, a Câmara de Ribas do Rio Pardo gasta R$ 303 mil. No entanto, o presidente não soube contar quantos funcionários o legislativo tem nem qual o valor do contrato com as três empresas.

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