MPF cobra providências urgentes para reparo de ponte no Rio Paraguai
O MPF (Ministério Público Federal) divulgou uma nota em que explica que, desde 2011, cobra providências para evitar situações como o acidente fluvial ocorrido na semana passada, em Corumbá, distante 419 quilômetros de Campo Grande. Na ocasião, um pilar da ponte sobre o rio Paraguai foi atingido por um barco paraguaio e uma fenda de 20 centímetros foi aberta.
Entre as ações solicitadas pelo MPF está a reconstrução do dolphin, uma estrutura de proteção dos pilares da ponte que, em 2011, foi avariado após ser atingido por uma embarcação.
Na última sexta-feira (29), o Governo do Estado afirmou que, até hoje (01), seria decretado estado de emergência para conseguir a liberação de R$ 4 milhões do Governo Federal para a construção do dispositivo de proteção. A SEOP (Secretaria de Estado de Obras Públicas e de Transportes) foi procurada pelo Campo Grande News, mas ninguém atendeu as ligações da equipe. Foram procurados o secretário Edson Giroto e seu assessor direto. Já a equipe de assessoria de imprensa do órgão atendeu a equipe, mas afirmou que somente amanhã a secretaria terá acesso a informações atualizadas sobre o caso.
De acordo com a nota do MPF, foi solicitado tanto à Concessionária Porto Morrinho, que administra a ponte, quanto à SEOP, responsável pelo trecho em questão, que atuem em parceria para levantar, junto ao DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes), a verba necessária para a reconstrução da estrutura de proteção em caráter de urgência.
Segundo a nota, após o acidente da semana passada, o procurador da república Yuri Corrêa da Luz contatou as autoridades competentes para "cobrar a adoção de providências imediatas que garantam a segurança dos usuários da ponte, e que impeçam que novos acidentes acabem por inviabilizar a locomoção daqueles que dela dependem."
Respostas - "A secretaria firmou o compromisso de enviar representante ainda essa semana a Brasília, para obter, junto ao DNIT, a verba necessária à reforma da referida estrutura de proteção", diz a nota do MPF.
A Concessionária Porto Morrinho, que também foi cobrada pelo MPF, se reuniu com o órgão na última quinta-feira (28). Na ocasião, informou que vai disponibilizar um sistema de contenção de danos e de segurança com procedimentos de “pare/siga” e de restrição temporária de fluxo de veículos no trecho.
Além disso, conforme a nota, se comprometeu a acionar o seguro contratado para casos de sinistros envolvendo embarcações. Desta forma, os danos causados à ponte poderão ser reparados o quanto antes e, assim, o tráfego no local poderá ser restabelecido.
Ainda conforme a nota, o MPF em Corumbá afirma que utilizará "todas as medidas legais pertinentes para que as providências supramencionadas sejam adotadas pelas autoridades competentes com a urgência e a atenção que a situação da ponte sobre o Rio Paraguai requer e merece", finaliza a explicação oficial.