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Interior

Nove do PCC vão a julgamento após assassinato em tribunal do crime na prisão

Viviane Oliveira | 30/05/2017 10:50
Maísa foi morta com tiro na cabeça durante tentativa de assalto (Foto: arquivo/Rádio Caçula)
Maísa foi morta com tiro na cabeça durante tentativa de assalto (Foto: arquivo/Rádio Caçula)
Leandro quando foi preso pela Polícia Civil (Foto: (Foto: Guta Rufino/Perfil News)
Leandro quando foi preso pela Polícia Civil (Foto: (Foto: Guta Rufino/Perfil News)

Nove integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) vão a júri popular por assassinarem o preso José Leandro Carvalho de Jesus, 18 anos, na tarde do dia 30 de abril de 2015, em uma das celas do Estabelecimento Penal de Segurança Média de Três Lagoas, distante 338 quilômetros de Campo Grande. O julgamento ainda não foi agendado. 

Segundo denúncia do Ministério Público, a vítima foi asfixiada depois de ser condenada a morte pelo tribunal do crime feito por teleconferência pelos membros da organização criminosa, que atua dentro e fora dos presídios.

O crime aconteceu após uma ordem vinda da principal liderança da facção criminosa que cumpre pena no Estado de São Paulo, em retaliação a morte de Maísa Martins, 13 anos, sobrinha de Fernando Barrinha Antonácio, um dos integrantes do facção. José junto com garoto de 16 anos participou de uma tentativa de roubo, que terminou com a morte da menina. O adolescente foi quem atirou, segundo apontou a investigação na época. 

Ainda conforme denúncia, no dia do crime, José foi atraído para uma cela e lá comunicado de que o comando da facção havia decidido pela morte dele por causa do latrocínio. Foi ordenado, então, que o detento cometesse suicídio. Caso contrário seria morto pelo grupo. A vítima foi obrigada a tomar um coquetel conhecido no meio carcerário como "gatorade" - mistura de água com cocaína - para que a morte ocorresse por overdose.

Como a droga era de qualidade inferior, a vítima começou a agonizar e não morria. Foi quando os integrantes da facção resolveram matar o rival por asfixia. Os acusados são: Arison Rodrigo Moreira, Euclides Marcel Pires, Éverton Rodrigues de Queiroz, Fabrício Cássio Vitória da Silva, Fernando Barrinha Antonácio (parente de Maísa), Igor de Souza Alves, Maicron Selmo dos Santos, Matheus Alves de Melo e Paulo César Pereira de Paula. Todos continuam presos e respondem por vários crimes.

Caso - Maísa foi atingida com tiro na cabeça durante tentativa de assalto, no Jardim Guanabara, em Três Lagoas, na noite do dia 5 de dezembro de 2014. A menina estava sentada em frente a uma residência, quando dois homens, um deles armado anunciou o roubo. Assustada, a jovem gritou e o assaltante disparou. Em seguida, os criminosos fugiram sem levar nada. Maísa morreu ao dar entrada no Hospital Auxiliadora.

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