Para polícia, carga de 2,2 toneladas de cocaína pertencia a grupo de Minotauro
Maior carregamento de cocaína da história do Paraguai estava em duas caminhonetes apreendidas a 90 km de Ponta Porã
Policiais da fronteira acreditam que as 2,2 toneladas de cocaína apreendidas na tarde de ontem (6) em Yby Yaú, a 90 km de Ponta Porã, pertenciam ao PCC (Primeiro Comando da Capital) e ao narcotraficante brasileiro Sérgio de Arruda Quitiliano Neto, o Minotauro, preso segunda-feira (4) no litoral catarinense.
Ao Campo Grande News, um policial com atuação na Linha Internacional informou hoje (7) que todos os indícios apontam para o grupo liderado por Minotauro como dono da droga – o maior carregamento de cocaína apreendido em toda a história do Paraguai, segundo o jornal ABC Color.
Nesta quinta-feira, policiais paraguaios cumprem cinco mandados de busca em endereços ligados a Minotauro em Pedro Juan Caballero. Pelo menos 12 pessoas estão presas.
Os fardos de cocaína estavam em quatro caminhonetes, uma F250, uma F400 e duas da marca Toyota modelo Hilux, interceptadas na zona rural de Yby Yaú por agentes da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do Paraguai, Ministério Público paraguaio e homens da FTC (Força Tarefa Conjunta), grupo de elite das Forças Armadas do Paraguai.
Os paraguaios Panflio Barrios, 35, Mário Ramón Ibañez Lopes, 26, e Sandra Zunilda Coronel Diana, 21, foram presos. Outros abandonaram as caminhonetes com a droga e correram para o mato.
Segundo a Senad, a suspeita é de que a cocaína seria enviada para o Brasil, para abastecer os grandes centros consumidores durante o Carnaval.
O promotor de Justiça Hugo Volpe, chefe da força-tarefa contra o narcotráfico na fronteira, disse que a missão agora é descobrir como o carregamento entrou no país.
Ele reluta em confirmar que a droga era da quadrilha de Minotauro – alvo de uma operação nesta quinta em Pedro Juan Caballero. “Até agora não há ligação com Minotauro”, afirmou Hugo Volpe ao Campo Grande News nesta manhã.
A Senad ainda não identificou de onde a cocaína vem, mas esse tipo de entorpecente é costumeiramente trazido da Bolívia e do Peru até o Paraguai em pequenos aviões e depois enviado de carro para o lado brasileiro da fronteira. Galões com combustível de avião foram encontrados nas caminhonetes.