Paraguai liga execução de eletricista à morte de irmão de traficante
Francisco Irala foi morto ontem em Pedro Juan Caballero; ele trabalhava para traficante morto em março, oito dias após irmão de Jarvis Pavão ser assassinado em Ponta Porã
A guerra entre traficantes continua na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul. Policiais daquele país afirmam que a execução do eletricista Francisco Irala, 23, ocorrida ontem em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande, está ligada ao assassinato do comerciante Ronny Gimenez Pavão, 38.
Irmão do narcotraficante Jarvis Gimenez Pavão, 49, que está preso no Paraguai e é apontado como um dos principais fornecedores de drogas para o Brasil na atualidade, Ronny Pavão foi morto por pistoleiros no dia 14 de março deste ano, quando caminhava pelo Centro de Ponta Porã.
Policiais paraguaios ouvidos pelo jornal ABC Color afirmam que Francisco Irala trabalhava para outro traficante, Pedro Alcides Ortiz González, 37, conhecido como “Rico Pyahu”, executado em Pedro Juan Caballero uma semana após a morte de Ronny Pavão.
Rico Pyahu, que morava em Arroyto, cidade que faz parte do estado de Concepción, foi executado a tiros de fuzil quando circulava pela área central de Pedro Juan. Ele foi morto dentro de seu veículo, um Kia Sorento.
A morte de Francisco Irala será consequência da ligação de Rico Pyahu com a execução do irmão de Pavão, mas a polícia não detalhou qual foi a participação do rapaz morto ontem no crime de março.
A morte do irmão de Pavão – Ronny Gimenez Pavão foi morto na noite de 14 de março em frente à academia K3, localizada na esquina das ruas Joaquim Pereira Teixeira e General Osório, no Centro de Ponta Porã. Ele foi atingido por pelo menos oito tiros de pistola calibre 9 milímetros, disparados por dois pistoleiros que estavam em uma moto.
Diariamente, o empresário fazia caminhadas noturnas pelas ruas das duas cidades. Quando foi alvejado, subia em uma rampa na entrada da academia. Policiais da fronteira informaram que Ronny não tinha ligações com o crime organizado.