Irmão de chefe do narcotráfico na fronteira é morto com oito tiros
A guerra entre facções criminosas prossegue na fronteira entre o Brasil e o Paraguai. No início da noite desta terça-feira (14), em Ponta Porã - cidade localizada a 323 km de Campo Grande, foi morto a tiros Ronny Gimenez Pavão, irmão do chefe do narcotráfico na região, Jarvis Gimenez Pavão.
O crime aconteceu em frente à academia K3, localizada na esquina das ruas Joaquim Pereira Teixeira e General Osório, em pleno Centro de Ponta Porã. Foram feitos vários disparos. A vítima morreu no local.
Conforme o apurado pela reportagem, Ronny foi atingido por oito tiros de pistola calibre 9 mm. O local foi isolado pela PM (Polícia Militar) e uma equipe da perícia criminalística já está realizando os procedimentos de praxe.
Ronny era empresário e popular na região de Ponta Porã. Uma testemunha do crime afirma que ele era uma pessoa tranquila e que sempre realizava caminhada livremente pelo Centro, sem encontrar problemas.
"Ele sempre andava à pé. O ataque acontecem bem em uma rampa na entrada da academia", frisa, a testemunha, que conta ainda que ele foi morto por dois homens que chegaram em uma moto e executaram Roony, fugindo logo em seguida.
Jarvis Pavão - O irmão de Ronny, Jarvis, é um dos principais narcotraficantes da fronteira. Atualmente, ele cumpre pena em Assunção (PAR), onde inclusive tinha regalias na prisão e foi transferido para outro local recentemente.
O nome de Pavão voltou a circular com força no crime organizado a partir da morte de Jorge Rafaat Toumani, em uma ataque que mais lembrou cena de guerra, com armas de calibre capaz de furar as maiores existentes blindagens e derrubar aeronaves.
Rafaat aparece como aliado do PCC (Primeiro Comando da Capital) neste e em outros casos, que fazem parte de uma guerra pelo controle do crime organizado na fronteira seca, em Mato Grosso do Sul, entre o Brasil e o Paraguai.
A disputa da facção, que tem origem em São Paulo (SP), se acentua contra o CV (Comando Vermelho), que começou suas atividades no Rio de Janeiro (RJ). Os dois grupos tinham estabelecido uma trégua, quebrada a partir da morte de Rafaat.