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Interior

Pistoleiros do Comando Vermelho são condenados por morte de brasileiro

Crime ocorreu em 2019 em Capitán Bado, perto de Coronel Sapucaia, e julgamento ocorreu ontem

Helio de Freitas, de Dourados | 12/04/2023 09:33
Ruben Torales (à esquerda) e Wenceslao, no dia em que foram presos, em julho de 2019 (Foto: Arquivo)
Ruben Torales (à esquerda) e Wenceslao, no dia em que foram presos, em julho de 2019 (Foto: Arquivo)

Dois pistoleiros apontados como integrantes da facção criminosa Comando Vermelho foram condenados nesta terça-feira (11) a 28 anos de prisão pelo assassinato do fazendeiro brasileiro Aguinaldo Corrêa Lemes, 48, ocorrido em 18 de julho de 2019 em Capitán Bado, cidade separada por uma rua de Coronel Sapucaia (MS).

O paraguaio Wenceslao Oviedo Acosta e o brasileiro Ruben Torales Huerta mataram o fazendeiro na área central e tentaram fugir de moto, mas foram perseguidos e presos pela Polícia Nacional. Conforme a acusação feita pelo promotor de Justiça Hernán Mendoza, o crime foi encomendado, ou seja, pistolagem.

Na época, policiais civis de Mato Grosso do Sul informaram que Ruben Huerta Torales era suspeito de vários outros assassinatos na linha internacional. A investigação revelou que Wenceslao pilotou a moto e Ruben, na garupa, disparou os tiros de pistola 9 milímetros que provocaram a morte de Aguinaldo.

Os motivos do crime não ficaram claros, mas a suspeita é de que o brasileiro tenha sido morto por denunciar a presença de produtores de maconha em suas terras. A região de Capítán Bado concentra boa parte das roças de maconha do Paraguai. O Comando Vermelho controla a produção da droga naquela faixa de fronteira.

O julgamento foi feito pelas juízas Carmen Elizabeth Silva Bóveda, Ana Graciela Aguirre Núñez e Marcelina Quintana de Acosta. A sentença foi unânime para condenar cada um dos pistoleiros a 28 anos de reclusão.

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