Polícia localiza picape usada em atentado a ex-segurança de Rafaat
Fiat Toro com placa de Belo Horizonte foi encontrada a 30 km de Capitán Bado; outros dois carros foram usados no ataque
A polícia encontrou perto da fronteira um dos três veículos usados no atentado ao ex-segurança do narcotraficante Jorge Rafaat Toumani, ocorrido na noite de domingo (27) em Capitán Bado, cidade paraguaia vizinha de Coronel Sapucaia (MS), a 400 km de Campo Grande.
A picape Fiat Toro prata com placa de Belo Horizonte (MG) estava a 30 km do perímetro urbano de Capitán Bado, segundo o comissário Carlos Miguel López, chefe da Polícia Nacional na região.
Marcio Ariel Sánchez Giménez, o “Aguacate” (abacate, em castelhano), voltava de uma corrida de cavalos em uma caminhonete Mitsubishi preta blindada quando foi atacado a tiros de fuzil. Ele não foi atingindo pelos tiros, mas perdeu o controle e capotou o carro, sofrendo ferimentos.
Acusado de montar um escritório de pistoleiros na fronteira após a execução de Rafaat em 2016, Aguacate teria se unido a outros ex-empregados e familiares do lendário narcotraficante morto a tiros de metralhadora calibre 50.
Aguacate também é apontado como aliado do narcotraficante brasileiro Sergio de Arruda Quintiliano Neto, o “Minotauro”, que declarou guerra aos concorrentes locais – especialmente ao grupo do brasileiro Jarvis Gimenes Pavão – para assumir o controle do tráfico de drogas e armas na fronteira.
Marcio Ariel também é apontado em território paraguaio como suspeito de ter participado da execução do policial civil Wescley Dias Vasconcelos, 37, ocorrido no dia 6 de março de 2018 em Ponta Porã. O crime teria sido ordenado por Minotauro.
De acordo com a Polícia Nacional, a Fiat Toro foi abandonada a 3 km do local do atentado com a chave no contato. Outras duas caminhonetes usadas pelos pistoleiros não foram encontradas. A polícia paraguaia aponta o grupo de Jarvis Pavão como responsável pelo atentado.