Por ciúmes, dupla matou homem e jogou corpo em poço desativado
Crime foi praticado por homem e adolescente; os dois foram detidos por lideranças da reserva e entregues à polícia
O homem encontrado morto em um poço desativado na tarde de quarta-feira (14), entre os municípios de Dourados e Itaporã, foi assassinado por ciúmes. Os dois autores do crime, de 20 e 16 anos, foram detidos por lideranças da reserva indígena de Dourados e entregues à Polícia Civil.
De acordo com a investigação conduzida pelo SIG (Serviço de Investigações Gerais), Maicon Oliveira de Souza, 20, tramou a morte de Junior Abraão da Silva, 31, o Juninho, por ter ciúmes dele com sua esposa. Todos moravam na aldeia Jaguapiru. Para cometer o crime, ele pediu ajuda ao adolescente.
Conforme o delegado Rodoldo Daltro, chefe do SIG, inicialmente a mulher de Maicon disse que o marido teria cometido o crime ao flagrar a vítima tentando estuprá-la, mas depois ela mudou a versão e disse que não houve estupro e o motivo foi o ciúmes que o marido tinha do outro homem.
Juninho foi atraído para consumir bebida alcoólica na companhia dos autores na noite de terça-feira (11) e golpeado na cabeça com um pedaço de pau e com pedradas. Enquanto era agredido, ele implorou para não ser morto. Desmaiado, ele foi arrastado e jogado no poço desativado. O adolescente contou que Juninho ainda estava vivo quando foi jogado no local. Mais tarde, o menor contou ter voltado para verificar se o homem estava morto.
O corpo foi encontrado por moradores, que chamaram um dos líderes da reserva. O poço onde o corpo foi jogado fica em uma área de mata, na entrada da pedreira Santa Maria, já no município de Itaporã.
Marcas de sangue foram encontradas a 200 metros do local onde o corpo foi encontrado e de início a polícia suspeitou que o homem tivesse sido assassinado em uma casa na aldeia e arrastado até a mata. A Polícia Civil autuou Maicon em flagrante por homicídio qualificado e apreendeu o menor por ato infracional análogo ao mesmo crime.