Prefeitura fazia pequenos reparos em barragem que cedeu, diz prefeito
Especialistas de várias áreas vão se reunir para apontar soluções para evitar novos desmoronamentos e recuperar área
Inaugurada em 1985, a estrutura do aterro de contenção às margens do Rio Paraguai, em Porto Murtinho, recebia apenas pequenos reparos, já que, segundo o prefeito da cidade, Derley Delevatti (PSDB), o município não dispõe de técnicos capacitados para intervenções maiores na estrutura. “A gente já tinha pedido vistoria do Governo e da União devido à complexidade da obra. O que a gente faz são reparos simples, manutenção visual”, revela o prefeito da cidade, Derley Delevatti (PSDB).
Na manhã desta quarta-feira (30), técninos da Defesa Civil Estadual, Exército e Secretaria Estadual de Infraestrutura, devem chegar a cidade para se reunir com equipe local. Toda a estrutura do aterro de contenção será vistoriada e especialistas vão apontar medidas para evitar novos desabamentos e recuperar a área que cedeu.
De acordo com o prefeito, a estrutura que cedeu não afeta o dique do rio, que fica a cerca de 20 metros do local. “o que caiu foram placas colocadas na margem do rio para que a água não chegue no dique”, explica.
O prefeito acredita que o baixo nível do rio pode ter influenciado no desmoronamento, já que a estrutura começou a ceder de baixo para cima. “A água bateu na parte e a estrutura inferior acabou cedendo”. No entanto, segundo Derley, a condição deve ser favorável para que os reparos sejam feitos. “O nível do rio normalmente varia de 5 a 5,5 metros e agora, está em 2,70 metros, ideal para que os consertos sejam feitos sem grandes riscos de erosão”, relata.
O caso - Parte da estrutura de concreto do aterro de contenção na margem do rio Paraguai, desmoronou nesta segunda-feira (28) em Porto Murtinho, cidade a 431 quilômetros de Campo Grande.
O trecho fica na região central da cidade e, possivelmente, foi abaixo devido a infiltrações. A área fica em uma parte mais profunda do rio, próximo da estação de captação de água da Sanesul (Empresa de Saneamento Básico de Mato Grosso do Sul).
As placas de concreto foram colocadas por toda a extensão em que o rio passa pela cidade, há cerca de oito anos e a manutenção deve ser mantida pela prefeitura.