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Interior

Receita Federal apreende fetos de lhama, a segunda em uma semana

No dia 30 de maio, fiscalização encontrou 150 fetos mumificados em mala de viagem

Por Dayene Paz | 07/06/2024 07:36
Fetos empalhados encontrados pela Receita. (Foto: Divulgação)
Fetos empalhados encontrados pela Receita. (Foto: Divulgação)

A Receita Federal realizou mais uma apreensão de fetos de lhama, em Corumbá, cidade a 419 km de Campo Grande. Desta vez, eles estavam empalhados e foram encontrados na mala de um boliviano, que seguia para São Paulo. No dia 30 de maio, fiscalização encontrou 150 fetos mumificados com uma mulher. Segundo a Receita, a apreensão é incomum.

O flagrante aconteceu nesta quinta-feira (6) durante operação conjunta entre o Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária), Polícia Militar e Receita Federal, que abordaram dois ônibus na BR-262. Em um deles, agentes encontraram cerca de 2 toneladas de mercadorias irregulares, entre roupas, alimentos e 25 fetos de lhama empalhados.

Um boliviano, de 25 anos, identificado como dono das mercadorias, afirmou que seriam vendidas em São Paulo e não apresentou nenhuma documentação fiscal, caracterizando o comércio irregular. Após prestar esclarecimentos, ele foi liberado.

Os alimentos e as lhamas foram entregues ao Mapa e incinerados, seguindo as providências legais inerentes aos riscos de saúde pública.

Esta é a segunda apreensão de fetos de lhama em uma semana, o que chama atenção das autoridades, por ser incomum. No dia 30 de maio, um ônibus foi parado na BR-262 e os agentes da Receita Federal, ao verificar as bagagens, encontraram os fetos mumificados. A mulher que fazia o transporte afirmou que levaria a carga para São Paulo.

Ilhamas mumificadas encontradas pela Receita Federal. (Foto: Divulgação)
Ilhamas mumificadas encontradas pela Receita Federal. (Foto: Divulgação)

De acordo com a Receita, as lhamas no seu habitat natural são forçadas a abortar os fetos, o que permite que cada uma gere de 3 a 4 filhotes por ano. Considerados itens peculiares do mercado na Bolívia, pela crença, cultuada principalmente pelos povos indígenas, as famílias devem fazer oferenda à deusa andina Pachamama, a mãe terra, enterrando um feto de lhama embaixo de suas novas casas como proteção, saúde e boa sorte.

(Com informações do Diário Corumbaense)

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