Sem-terra bloqueiam BR-267 por reforma agrária e fila chega a 5 km
Iniciada as 6h de hoje (7), a manifestação do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) gera congestionamento de 5 quilômetros na BR-267, próximo as fazendas Córrego Fundo e Furnas, em Nova Andradina, 300 quilômetros de Campo Grande. Segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal), entre adultos e crianças, há 100 manifestantes, que participam do bloqueio no Km 136.
Eles reivindicam a retomada da reforma agrária e exigem a presença de um representante federal para continuar o processo, parado há quatro anos. O movimento é pacífico e permite a passagem de veículos de emergência e com cargas perecíveis, mas não tem previsão para encerramento, conforme a PRF.
O ato faz parte de uma série de ações que começou na sexta-feira (1), quando um grupo de 700 pessoas saiu em marcha de Anhanduí e chegou nesta quarta-feira (5) em Campo Grande. Ontem (6), cerca de 400 integrantes de movimentos sindicais rurais ocuparam a sede do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em Campo Grande.
A "Marcha da Classe Trabalhadora" quer chamar a atenção contra a PEC 215, que pretende transferir do Governo Federal para o Congresso Nacional a responsabilidade pela demarcação de territórios indígenas e áreas quilombolas. A marcha também é contra o PL 4330, que é o projeto de lei da terceirização, e contra a redução da maioridade penal.
Na semana passada, o advogado Celso Cestari, 65 anos, pediu demissão do cargo de superintendente regional do Incra, alegando “outros problemas pessoais”, além do fato de não ter recursos para tirar novos assentamentos do papel. Na prática, a saída dá o pontapé a mudança no segundo escalão da administração de Dilma Rousseff (PT) em Mato Grosso do Sul.