Sem-terra invadem prédio do Incra e exigem retomada da reforma agrária
Cerca de 400 integrantes de movimentos sindicais rurais ocuparam a sede do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em Mato Grosso do Sul, nesta manhã. Eles reivindicam a retomada da reforma agrária e exigem a presença de um representante federal para iniciar as negociações.
O Incra está localizado no prédio do antigo Shopping Marrakech, na rua Antônio Maria Coelho com a 25 de dezembro e para concretizar o protesto, os manifestantes se dividem no térreo e os três andares, até a entrada do instituto.
Elevadores e escadas estão fechados e os funcionários do Incra deixaram o prédio. Servidor, que preferiu não se identificar, disse que um decreto federal determina que eles deixem o trabalho em casa de invasões por medida de segurança.
Os manifestantes afirmam que não tem data para deixar o prédio e que aguardam a presença de um representante federal, para continuar o processo de reforma agrária, parado há quatro anos, segundo eles.
Participam do protesto, representantes do MST (Movimento Sem Terra), Fetagri (Federação dos Trabalhadores de Agricultura de MS) e o MCLRA (Movimento Campones de Luta da Reforma agrária).
Marcha - Um grupo de 700 pessoas saíram em marcha de Anhanduí na sexta-feira (1) e chegaram ontem a Campo Grande, onde estão realizando uma série de protestos. A "Marcha da classe trabalhadora" quer chamar a atenção contra a PEC 215, ligada à demarcação de terras indígenas, e ao PL 4330, que é o projeto de lei da terceirização, além de argumentar contra a redução da maioridade penal.
Os participantes também pedem agilidade nos processos de reforma agrária popular e na demarcação de terras indígen