Marcha que pede reformas no país chega a Campo Grande após 3 dias de caminhada
A “Marcha da Classe Trabalhadora” chegou em Campo Grande neste domingo (3). Na última sexta-feira (1), um grupo com mais de 700 pessoas iniciou uma caminhada liderada por movimentos sociais e sindicais de Mato Grosso do Sul.
A ação conta com participantes da CUT (Central Única do Trabalhador), MST (Movimento Sem Terra), Fetagri (Federação dos Trabalhadores de Agricultura de MS), representantes dos povos indígenas, estudantes, entidades e grupos sindicais.
Eles iniciaram a movimentação nas proximidades do distrito de Anhanduí, com concentração no Posto Jau às 6h30 do dia 1º. Os participantes iniciaram caminhada na BR-163 com destino ao centro da Capital.
No momento, o movimento se concentra em um acampamento na entrada de Campo Grande. Ao longo dos dias de marcha, alguns participantes permaneceram acompanhados às margens da rodovia.
À tarde, ainda no percurso, haverá debate sobre as questões defendidas e levantadas pela iniciativa. Amanhã (4), o grupo sairá do Posto Carreteiro por volta das 7h, onde está acampado, rumo ao centro de Campo Grande. Na terça-feira (5), planejam ato de encerramento das atividades na praça central Ary Coelho, em Campo Grande, às 9h.
As pautas centrais de reivindicação da marcha estão contra a PEC 215, ligada à demarcação de terras indígenas, e ao PL 4330, que é o projeto de lei da terceirização, além de argumentar contra a redução da maioridade penal.
Os participantes também pedem agilidade nos processos de reforma agrária popular e na demarcação de terras indígenas.
A organização também afirma que o movimento é em apoio aos professores do Paraná, muito feridos ao tentar acompanhar votação na Assembleia Legislativa do Estado na semana passada.
"Ao nos mobilizarmos nos tornamos mais fortes. Neste domingo foram 10 quilômetros de caminhada, reforçando as nossas pautas. Uma delas é a Reforma Agrária, que em MS está paralisada há mais de cinco anos", defende Jonas Carlos da Conceição, da MST/MS.
"Nossa luta é por uma reestruturação no Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), para que órgão saia do sucateamento e tenha condições reais de trabalhar", finaliza.