Sequestradores de casal de idosos fogem sem R$ 47 mil pedidos como resgate
Catalina Ramona Colman, de 63 anos, e o marido, Natalício de Oliveira, de 60 anos, vivem em Ponta Porã
Os criminosos que sequestraram um casal de idosos nesta sexta-feira (22), na região de fronteira, fugiram sem levar os R$ 47 mil equivalente ao valor do resgate pago pela família das vítimas. As informações sobre as circunstâncias da fuga dos bandidos ainda são controversas. De acordo com a promotora antissequestro de Pedro Juan Caballero, Reinalda Palacios, as vítimas teriam fugido durante um momento de distração dos sequestradores.
Catalina Ramona Colman, de 63 anos, e o marido, Natalício de Oliveira, de 60 anos, estavam sendo mantidos reféns no Assentamento Nueva Esperanza, no distrito de Cerro Corá, entre Pedro Juan Caballero e Yby Yaú, localizado a cerca de 40 quilômetros de Ponta Porã.
Depois de exigirem o pagamento do montante, dois sequestradores encapuzados teriam liberado Catalina para buscar o dinheiro. Na sequência, seu marido teria aproveitado o momento em que a dupla estava fumando maconha e conseguiu fugir. Outra informação extraoficial divulgada na fronteira é de que os criminosos liberaram o casal, por medo das Forças Policiais do Paraguai, que cercaram a região.
Do cativeiro, a dupla teria feito uma ligação para a filha do casal, Maria Elódia Colman, de 39 anos, onde apontavam uma arma na cabeça de Natalício. Inicialmente, os sequestradores exigiam o pagamento de 50 mil dólares de resgate, cerca de R$ 280 mil. Mas durante a negociação, os familiares conseguiram baixar o valor do resgate para 50 milhões de guaranis, cerca de R$ 47 mil.
O dinheiro teria sido levado por um dos irmãos de Maria, até a Chácara Don Colman, nas proximidades da cerâmica Itapopó-Paraguai, para ser entregue em uma estrada vicinal. No entanto, não chegou a ser pago para os sequestradores. Catalina e Natalício são brasileiros e moram em Ponta Porã.
Toda a negociação foi acompanhada pelo secretario municipal de Segurança Pública da cidade, Marcelino Nunes de Oliveira, juntamente com o secretário de Justiça e Segurança Pública do Estado de Mato Grosso do Sul, Antônio Carlos Videira e uma equipe da Guarda Civil Municipal de Fronteira. O prefeito de Ponta Porã também teria prestado apoio à família por telefone. As buscas pelos criminosos continuam, mas ainda não há nenhuma pista sobre o paradeiro deles.