Servidores de Dourados dão prazo de 7 dias para negociar salários
Os servidores da rede pública de Dourados, a 233 quilômetros de Campo Grande, deram um prazo de uma semana para que a prefeitura negocie com a categoria antes seja deflagrada greve geral. De acordo com o site Dourados Agora, ontem, 1,2 mil servidores, entre médicos, enfermeiros, agentes comunitários e outros funcionários, fizeram um dia de paralisação. Os protestos se concentraram em frente ao prédio da prefeitura. Além das melhorias, a categoria pede reajuste anula da inflação de 6,28%.
Apesar da paralisação desta quinta-feira, não houve avanço nas negociações, já que o prefeito está em Brasília, onde acompanha agenda do governador André Pucinelli (PMDB) que vai reivindicar mais investimentos federais para atendimento de alta complexidade. Segundo a presidente do Conselho Municipal de Dourados, Berenice de Oliveira Machado Souza, se o quadro se mantiver, é certo que os servidores deflagrem uma greve.
“Nós queremos o apoio da população porque estamos não só lutando pelos direitos dos servidores, mas por uma saúde mais digna para os usuários. Queremos melhorar o atendimento na saúde que está sucateada”, disse ela ao site Dourados Agora.
Berenice garantiu que apesar do manifesto, 30% do efetivo continuou trabalhando para garantir atendimento aos usuários. Anualmente, segundo ela, o reajuste é realizado no mês de abril, mas até agora nada aconteceu.
Os servidores decidiram a mobilização durante assembleia no dia 30 de junho. Priorizando a melhoria no atendimento, o coordenador do Fórum Permanente de Usuários do SUS (Sistema Único de Saúde), Jorge Paulino Grosch, manifestou apoio as reivindicações dos servidores.
Conforme o Dourados Agora, a prefeitura diz que tem investido na saúde pública mais do que a lei determina. O Executivo garante aplicar pontos percentuais a mais do seu orçamento- por lei deveria investir 15%, mas esse percentual estaria em 23%.
O Secretário de Saúde de Dourados, Sebastião Nogueira, disse que a Secretaria de Governo, responsável pelo reajuste, considera a manifestação como um direito da categoria e disse que a categoria está “pronta para dialogar”.